Após receber o apoio de 500 torcedores no Aeroporto de Confins, a delegação do Atlético desembarcou em Assunção, no Paraguai, quase na madrugada desta terça-feira. Contando com um forte esquema de segurança, o elenco deverá treinar à noite, provavelmente no Defensores Del Chaco.

No entanto, a comissão técnica terá um problema: o Olimpia, adversário desta quarta, pela primeira final da Libertadores, não autoriza que os seus oponentes usem chuteiras no reconhecimento do estádio, alegando que as travas dos calçados prejudicam o gramado antes dos jogos.

Com isto, os jogadores do Galo teriam que usar tênis, impedindo qualquer treinamento técnico e tático. A diretoria, o técnico Cuca e os auxiliares deverão se reunir nesta tarde e decidir o que fazem - eles poderão escolher outro palco para fazer os últimos ajustes no time antes da primeira decisão.

Esta não é a primeira vez que o clube paraguaio faz isto. Nas quartas de final da competição continental, o Fluminense, que acabou sendo eliminado nesta fase, também não pôde fazer atividades específicas no Defensores Del Chaco, que vem sendo muito polêmico até agora.

Isto porque o local, onde a seleção do Paraguai também manda as suas partidas, tem capacidade para menos de 40 mil pessoas, contrariando o pedido da Conmebol. Porém, a entidade do futebol sul-americano confirmou o primeiro duelo lá, diferentemente do que fez com o Independência, vetado.

Sobre a escalação, Cuca tem alguns problemas, mas só uma dúvida: quem será o substituto do meia-atacante Bernard, suspenso depois de ser advertido com o terceiro cartão amarelo. Guilherme, salvador nas semis com o Newell's Old Boys, é um dos mais cotados, mas ainda não está confirmado.

Olimpia, tricampeão da Libertadores, e Atlético se enfrentarão a partir das 21h50 (de Brasília), mas decidirão o título de melhor conjunto da América Latina no dia 27, a princípio no Mineirão. Torcedores atleticanos já acampam no Independência para comprar os ingressos da volta.