
O Atlético vai precisar recorrer ao mercado para finalizar as obras da Arena MRV dentro do prazo previsto. A informação é de Rodrigo Capelo, do GE.globo, que divulgou que o clube ainda busca R$ 240 milhões para finalizar a obra até outubro.
Segundo Capelo, o Atlético enviou um documento a possíveis investidores, com as negociações acontecendo por meio de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), ou seja, a garantia de pagamento está na arrecadação da própria Arena MRV, com camarotes e cadeiras. Esta será a segunda vez que o Atlético realiza esse tipo de operação, tendo captado já R$ 200 milhões no fim de 2021. Os investidores que aceitarem participar da ação, só vão começar a ser remunerados a partir de outubro de 2023, segundo consta no documento obtido por Capelo.
As obras do estádio tiveram um aumento de 225% com relação ao projeto inicial, passando de R$ 410 milhões para os atuais R$ 926 milhões. O aumento se dá principalmente por conta da inflação de materiais de construção, além do estádio ter passado de 41 mil lugares para 46 mil. Os custos também aumentaram com relação a contrapartidas da Prefeitura de Belo Horizonte, a autorização de serviços adicionais, tecnologia e os demais custos. Na tecnologia, por exemplo, a previsão de 100 câmeras de segurança e 40 pontos de internet aumentaram para 300 e 900, respectivamente.
Até o momento, o Atlético conseguiu captar R$ 511 milhões, sendo R$ 21 milhões da doação do terreno do estádio, R$ 43 milhões do naming right, R$ 169 milhões com a venda de cadeiras e camarotes, além de R$ 278 milhões aportados com a venda da primeira metade do shopping Diamond.
Apesar de que a previsão inicial do Atlético era inaugurar o estádio com todas as contas dele já pagas, Rodrigo Capelo informa agora que essa previsão passou para setembro de 2029. Sendo assim, o lucro do estádio seria do Atlético apenas a partir de 2030.
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