Tantas e tantas vezes, ele se sentou na cadeira de entrevistas da sala de imprensa da Cidade do Galo para responder a dezenas de perguntas. Ali, Diego Tardelli viveu momentos de alegria, tensão e tristeza. Foi questionado sobre o risco de rebaixamento em 2010, chorou em sua despedida no ano seguinte e viveu a felicidade do sonhado retorno no início deste ano.
Mas foi que o atacante deu uma de suas entrevistas mais demoradas e importantes. O Atlético, clube do qual já faz parte da galeria de ídolos, está a duas partidas de conquistar o principal título de sua história centenária. A emoção era visível nos olhos do atleta.
“É o momento de entrar para a história. A cada momento, a cada jogo eu estou entrando para a história do clube. Tenho o carinho e o respeito da torcida. A nossa hora é agora. É chance única. Estou pronto para entrar para a história”, garante o jogador, que embarcou às 21h de ontem para Assunção, local da partida de amanhã, contra o Olímpia.
Os sustos vividos diante do Tijuana e do Newell’s Old Boys, segundo Tardelli, serviram de lição. “Não pode entrar com o sono que entramos contra o Newell’s. Foram dois jogos de muita tensão. Todo mundo nervoso. Deu para a gente ter uma ideia de como será a final da competição. Agora, não tem mais volta e muitas vezes você decide uma competição no jogo de ida. Precisamos entrar ligados e fechadinhos para não levar gol”, analisa.
Treino fechado
Antes do embarque, o técnico Cuca comandou um coletivo técnico na Cidade do Galo. Os jornalistas só tiveram acesso ao CT de Vespasiano 40 minutos após o previsto, quando os atletas participavam de um recreativo. Com isso, segue guardado a sete chaves o substituto de Bernard, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Leandro Donizete ainda é dúvida.
A comissão técnica pretende reavaliar o grupo na manhã desta terça-feira (16), no Paraguai. O mais provável é um treino de reconhecimento do Defensores Del Chaco no mesmo horário da partida de amanhã, às 21h50 (horário de Brasília).
Para motivar o grupo, todos os jogadores, inclusive o suspenso Bernard, embarcaram para o Paraguai. Na bagagem vai também a bola do pênalti milagroso defendido por Victor contra o Tijuana.