Diretor jurídico vê como absurda ação movida por Gilberto Silva contra o Atlético

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia*
28/02/2015 às 09:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:10

Como bom mineiro, Gilberto Silva preza pela cautela. Na ação judicial que move contra o Atlético pedindo indenização de R$ 500 mil, sob alegação de que encontra-se incapacitado de trabalhar devido à lesão sofrida quando atuava pelo alvinegro, o pentacampeão prefere não se pronunciar e “esperar a poeira baixar”.    Mas resguardar as palavras, neste caso, não é a política adotada pelo diretor jurídico do Galo, Lásaro Cândido, cujo discurso é bastante crítico à atitude do jogador. O Atlético entende que Gilberto adotou uma postura incompatível com a de quem “jurou amores pelo clube”. Ainda em análise pela equipe jurídica atleticana, a causa trabalhista é vista como “absurda”.   “Não é surpreendente (a ação judicial). Mas nós consideramos inexplicável essa postura, nos causa uma certa perplexidade. O Gilberto não precisava de nada disso. É um abuso do direito, algo completamente fora de propósito”, afirmou Lásaro Cândido à reportagem do Hoje em Dia.   A primeira audiência entre as partes está marcada para o dia 1º de junho, na 1º Vara da Justiça do Trabalho. Dentre os inúmeros pedidos do advogado Fábio Cruz, que já moveu cerca de 30 processos trabalhistas contra o Atlético, o principal objetivo da defesa é provar que o clube fez uma “maquiagem” na condição física do jogador.   O Galo se defende argumentando que, ao término do contrato, Gilberto Silva havia sido liberado pelo Departamento Médico. Já Fábio Cruz afirma que o cliente recebeu infiltrações para “maquiar” o tratamento no joelho operado e que o atleta ainda tinha o menisco rompido em dezembro de 2013, mês em que terminou o vínculo.   “O Gilberto não está atrás de dinheiro nem possui mágoa do Atlético. Ele buscou uma solução para resolver o problema da lesão. Houve contatos com diretores do Galo, o último no Troféu Guará (no início do mês). Mas nada foi resolvido, e ele quer que o acidente de trabalho seja reconhecido”, conclui Cruz.   *Colaborou Henrique André

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