O Atlético se prepara nos bastidores para se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O clube já está no processo e o desejo é finalizar os trâmites até o fim de 2022 ou, no máximo, no início de 2023. Um dos mecenas do Galo, Ricardo Guimarães afirmou que ele e os outros três empresários que aportam dinheiro ao clube hoje não têm o desejo de comprar a SAF atleticana.

“Nenhum dos 4Rs quer participar do negócio. Uma coisa a gente tem certo: não seremos majoritários jamais. A gente acha que não devemos ter nada, mas o investidor pode pedir para transformar nosso crédito em ações e ficar com um pequeno percentual. A gente só entraria se o Conselho achar que vale a pena, se o investidor achar que vale. No máximo, uma participação bem minoritária”, afirmou Ricardo Guimarães em entrevista à Itatiaia. Ele, assim como os outros “3Rs”, tem milhões a receber do Galo por conta de empréstimos realizados.

O empresário, que agora será presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, informou que o clube trabalha com duas empresas para a constituição da SAF, que ajudam na captação de investidores que, segundo ele, já são vários interessados. Ricardo Guimarães falou também da divisão que o clube prevê na hora de negociar a SAF:

“Vamos ter que sentar na mesa com os dois ideais (do Galo e do investidor) e chegar a um comum acordo. Nossa fatia ideal seria negociar algo perto de 40%. Mas entendo que o investidor vai colocar dinheiro, depende do montante, pode querer o controle. A negociação deve estar entre 40% e 60%. Tudo depende da oferta e da negociação. O Atlético teria ao menos 40% da SAF”.

O processo de transformação do clube em SAF é essencial para o Atlético desafogar suas dívidas, que já ultrapassa R$ 1.2 bilhão, a maior do Brasil.