
Sonho antigo do presidente do Atlético, Alexandre Kalil, e de boa parte da massa alvinegra, a pressão pelo título inédito da Copa Libertadores ficou ainda maior. Com a conquista do Corinthians, na última quarta-feira (4), a lista dos grandes clubes do futebol brasileiro que nunca levantaram a taça da competição ficou menor. Agora, apenas Atlético, Botafogo e Fluminense não tiveram o gostinho da volta olímpica internacional.
O Brasil é o país com maior número de clubes campeões da Libertadores. Já são nove, em 16 títulos. A Argentina, com 22 conquistas, lidera o ranking, mas dividida entre seis clubes. Uruguai e Colômbia têm apenas dois times campeões cada, e Paraguai, Chile e Equador, um.
O Atlético participou quatro vezes da Libertadores até hoje, a última delas há 12 anos, na temporada de 2000. Em 1978, a equipe alvinegra alcançou sua melhor campanha, chegando às semifinais. Em duas oportunidades – 1972 e 1981 - deu adeus logo na primeira fase. Em 1981, Elias Kalil, pai do atual mandatário do Galo, era quem comandava o clube.
Como diretor de futebol do Atlético, Alexandre Kalil também abriu os cofres, em 2000, e contratou Gilberto Silva, Ramon e Cleisson, além de acertar a compra definitiva do atacante Guilherme. Com o investimento, o Galo fez a sua segunda melhor campanha, caindo nas quartas de final.
QUALIDADE
Para tentar recolocar o time na Libertadores nesta temporada e buscar o título no ano que vem, o dirigente alvinegro novamente não poupa esforços. Reforçou o elenco para a disputa do Campeonato Brasileiro com jogadores experientes e de qualidade, como o goleiro Victor, o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho e o atacante Jô.
Os dois últimos já são titulares absolutos do técnico Cuca, enquanto o novo camisa 1, que na verdade vai entrar em campo com a 83, estreia no domingo, contra a Portuguesa, às 18h30, no Independência. O nome do atleta foi publicado na quinta-feira (5) no Boletim Informativo Diário da CBF. Além desses atletas, vieram o lateral-esquerdo Júnior César e o atacante Juninho.
Um dos destaques nas últimas partidas, o atacante Jô, que chegou a Belo Horizonte cercado de desconfiança, por causa de sua passagem conturbada no Internacional, está confiante na classificação para a Libertadores. “A gente vê que é um sonho possível voltar à Libertadores, mas sabemos que é difícil. Temos que dar um passo de cada vez. Primeiro, vamos tentar conseguir a vaga na competição internacional e, depois, brigar pelo título. Com essa mentalidade, acredito que a gente chega, se Deus quiser, a disputar uma Libertadores”, garante o atacante, muito bem entrosado com Bernard e Ronaldinho.