Polícia instaura inquérito para apurar suposto caso de importunação sexual contra a filha de Éverson
A representante legal da menor e algumas testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (15)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta segunda-feira (15) que instaurou inquérito para apurar o suposto caso de importunação sexual contra a filha do goleiro Everson do Atlético, ocorrido na noite desse domingo (14), no estacionamento da Arena MRV, após o empate do Galo com o Santos.
Nesta tarde, a representante legal da menor e algumas testemunhas foram ouvidas. As investigações prosseguem pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).
O caso veio à tona após Everson publicar uma mensagem nas redes sociais repudiando o fato. De acordo com o arqueiro, alguns torcedores se aproximaram do carro dele e começaram a cobrar pelo resultado da partida. Porém, algumas ofensas extrapolaram, não sendo direcionadas à ele.
“Não foram ofensas direcionadas à minha pessoa ou ao meu trabalho, mas importunação pessoal e porque não dizer sexual a uma menina de 13 anos. Tenho certeza que todos concordam que as famílias não têm nada a ver com críticas de jogo, quão mais grave é atacar então pessoalmente uma criança”, escreveu Everson.
Pouco tempo depois, o Atlético se manifestou em apoio ao goleiro e a filha dele afirmando que “esse comportamento é inaceitável e não representa a torcida do Galo”.
“O Clube irá colaborar com as autoridades de segurança para a identificação dos infratores e a sua responsabilização criminal, e adotará as medidas administrativas cabíveis, com fundamento no Regulamento de Uso da Arena MRV”, ressaltou o Galo.
Além do goleiro e da filha, a esposa de Everson, mãe da adolecente, estava no local. Também pelas redes sociais ela contou como foi a abordagem dos homens.
"Minha filha desceu do carro para me avisar que estavam xingando. Ela pediu, que eu solicitasse aos seguranças, para que tentassem conter a situação. Esses torcedores estavam do outro lado de um portão onde guardam os carros. O meu carro estava próximo a esse portão, que é todo fechado. Porém, ele é vazado e se pode ver através dele. Ao retornar para o carro, esses homens começaram a falar sobre ela. O corpo e a aparência foram o tema principal… Não há outra saída a não ser elucidar a situação e recorrer a lei”, contou.
Imagens do circuito de segurança do estacionamento do estádio já foram entregues pelo Atlético à polícia.
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