CASO RESOLVIDO

Presidente do Atlético passa a limpo situação de Coudet, que fica no clube e tem apoio dos jogadores

Alecsander Heinrick
esportes@hojeemdia.com.br
11/04/2023 às 16:56.
Atualizado em 11/04/2023 às 17:01
Sérgio Coelho passou 'pente fino' em toda a história, que se iniciou na última quinta-feira (Pedro Souza / Atlético)

Sérgio Coelho passou 'pente fino' em toda a história, que se iniciou na última quinta-feira (Pedro Souza / Atlético)

O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, passou a limpo toda a história por trás do técnico Eduardo Coudet, que começou na última quinta-feira, com críticas públicas do treinador, e se encerrou hoje, com a confirmação de que ele segue no comando do clube com o apoio da diretoria e dos jogadores.

Sérgio Coelho contou toda a história pós-declaração bombástica do treinador ao desabafar sobre investimentos no time. Segundo o presidente, uma primeira conversa aconteceu na sexta, com Coudet entendendo que errou e pedindo desculpa. Desde então, o foco foi total na final do Mineiro, onde o Galo saiu campeão. Nesse período, a relação do treinador com os jogadores foi avaliada, sendo crucial para a decisão desta segunda: 

“O grupo está com ele, gosta dele, está feliz e dá todo apoio. Esse era um ponto importante, pois se o grupo não tivesse com ele, o problema seria resolvido de outra forma”, disse Sérgio Coelho.

Uma nova reunião aconteceu na sede do clube nesta segunda-feira (11), onde ficou definido que Coudet seguirá no comando do Atlético. Segundo Sérgio Coelho, é um desejo do treinador, que não assinou a mudança pedida por ele no contrato, que exclui a multa de R$ 26 milhões (valor confirmado pelo presidente) que a parte que deseja encerrar o ciclo pague. Além do presidente e do treinador, fizeram parte da reunião o investidor do clube, Ricardo Guimarães, e o diretor de futebol, Rodrigo Caetano.

“Coudet, continuamos juntos. Estou feliz com o que aconteceu? Não. Não poderia ter acontecido, mas aconteceu e decidimos por você continuar. Vamos continuar com o Coudet por duas razões: primeiro porque reconheceu o erro, pediu desculpa e manifestou o interesse de ficar; segundo porque, na nossa avaliação, ele cometeu uma infração de indisciplina, mas tecnicamente é muito bem avaliado”, disse o presidente.

Promessas e contratações

Um dos pontos que Coudet citou no desabafo na última quinta foi a questão do elenco curto, com falta de investimento e não cumprimento de promessas que foram feitas a ele quando assinou com o Atlético. Sérgio Coelho disse que o treinador foi informado das saídas que iriam acontecer e disse que “não teria problemas”. Para o presidente, eles reforçaram o time, já que negociaram oito jogadores e trouxeram nove.

“Quando foi para fechar a janela (de transferência), fomos procurados pelo treinador, que nos pediu um primeiro volante, devido a contusão do Allan, e um centroavante. Nós autorizamos que ele procurasse esses jogadores. Ele nos falou a respeito do Battaglia, que contratamos, e outros dois centroavantes, que posteriormente não foi aprovado pelo nosso processo de contratação (CIGA), disse o Coelho, que explicou que não houve mais tempo para a chegada de um atacante.

Com relação a contratações de investimento ou não, Sérgio Coelho disse que Coudet indicou os laterais-direitos Gilberto (Benfica), Preciado (Genk) e Hugo Mallo (Celta de Vigo), e que o Galo tentou contratar os três fazendo investimentos, mas todos sem sucesso. O mesmo para zagueiros, onde o argentino indiciou Felipe (Atlético de Madrid) e Luan Peres (Fenerbahçe), e que também não foi possível o Alvinegro chegar a um acordo por eles. Para essas posições, chegaram dois jogadores “de graça”:

“Tivemos a sorte e a competência do treinador, que indicou Saravia e Lemos. Trouxemos os dois jogadores, espetaculares, e estamos felizes com eles”.

Por fim, Sérgio Coelho entende que o Atlético tem sim deficiência numérica no ataque, onde conta com apenas quatro jogadores atualmente e, se Alan Kardec (lesionado) não conseguir retornar até o meio do ano, será necessário contratar:

“Se o Alan Kardec não voltar até o meio do ano, vamos precisar, só temos quatro atacantes, sabemos da nossa deficiência. Se tivermos a SAF até lá, vamos fazer investimentos. Mas a gente tem que trabalhar dentro das nossas condições”, disse o presidente.

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