(Editoria de Arte)
Quando tinha apenas 1 ano de idade, Tiago foi levado pela primeira vez a um campo de futebol, no colo do pai. Mas o menino já comemorou o segundo aniversário, e a cena nunca mais se repetiu. O momento foi, ao mesmo tempo, especial e dramático. Em 2 de fevereiro de 2014, no dia em que teve a companhia inédita do filho na entrada dos jogadores, o zagueiro Emerson fraturou a fíbula e rompeu os ligamentos do tornozelo direito. Foram 10 meses de recuperação até uma certeza: “Esse ano de 2015 será totalmente diferente. Meu filho vai poder entrar várias vezes em campo comigo”, afirma o defensor, em conversa com o Hoje em Dia. Emerson chegou ao Atlético após a conquista da Copa Libertadores para substituir o lesionado Gilberto Silva e tornar-se reserva imediato da dupla Réver e Leonardo Silva. Mas teve o tornozelo e os planos destruídos contra o Nacional de Muriaé, logo na segunda rodada do Campeonato Mineiro do ano passado. Agora, totalmente recuperado e reencontrando a forma física ideal na pré-temporada, o defensor se diz pronto para substituir o capitão Léo Silva ou o jovem Jemerson, retomando o posto de terceiro zagueiro, disputado também por Edcarlos e Tiago. Durante o longo período de tratamento, Emerson se apoiou na esposa e no filho. Mas também contou com a fé cristã e dois amigos em especial. “Sou amigo de todos do elenco e me sinto muito querido lá dentro (do clube). Mas o Dátolo e o Luan são os mais próximos e me ajudaram bastante na lesão”, revela. Nos treinos, Emerson forma a dupla de zaga reserva com Tiago. Pela experiência do atleta e a vontade do técnico Levir Culpi em continuar contando com ele, tudo indica que o caminho está aberto para a volta por cima. “Na época da lesão, eu vinha no CT todo dia para o tratamento e vislumbrava quando iria disputar posição de igual para igual com eles. Hoje, eu posso, respeitando a todos, mas com muita vontade de voltar a jogar”, avalia. Foco no Galo Mesmo sem atuar há um ano, Emerson despertou o interesse de clubes como Avaí e Santos na atual janela de transferências. Mas Levir não quis liberá-lo. “Realmente, eu recebi uma proposta do Avaí e algumas sondagens para sair. Mas ainda quero fazer minha história aqui”, conclui.