Reforços do Atlético vivem ansiedade após experiências amargas no continente

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
26/01/2016 às 07:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:10
 (Bruno Cantini)

(Bruno Cantini)

As investidas do Atlético no mercado da bola foram facilitadas pela vaga já garantida na fase de grupos da Copa Libertadores. Para o zagueiro Erazo, o meia Cazares e o atacante Hyuri, o torneio continental foi um atrativo ainda maior: neste ano, o trio de reforços terá uma chance de ouro para, finalmente, brilhar na competição após algumas decepções no nível continental.

O autor do gol do título na Florida Cup, por exemplo, realizará um “sonho de infância” ao disputar a Libertadores pela primeira vez. Em 2013, ele ajudou o Botafogo a se classificar para a competição após 18 anos sem participações. A estreia no torneio, porém, foi adiada pelo acerto com o futebol chinês, em janeiro de 2014.

Se do outro lado do mundo o brasileiro não se adaptou à gastronomia, agora, ele espera novos obstáculos pelos gramados da América do Sul. Durante o período no Guizhou Renhe-CHN, Hyuri conta que teve dificuldade com a culinária local e chegou a perder bastante peso. Hoje, a “fome” é de Libertadores, e ele sabe que o apetite será fundamental, a começar pela concorrência interna por uma vaga no time do Atlético.

“Libertadores é carrinho, tapa na cara... Em 2013, eu tinha o sonho de ficar para jogar, mas a minha vida tomou outro rumo. Graças a Deus, veio agora uma nova oportunidade. É um sonho de criança, porque eu sempre gostei muito dessa competição”, afirma o atacante de 24 anos.

Apesar da ansiedade, ele sabe que o torneio será um desafio. “Foram dois anos na China. Pode parecer fácil (a adaptação), porque cheguei e fiz gol, mas não é. Pra ser sincero, estou um pouco ansioso sim. Mas estou mais preocupado em entrar no ritmo. A gente sabe a diferença entre o futebol chinês e o brasileiro, e ainda tem a diferença para o futebol sul-americano", ressalta.

Frustração

Juanito Cazares, por sua vez, pode bater no peito e dizer que já venceu a Libertadores. A conquista dele, contudo, foi na categoria Sub-20, na edição de 2012. Atuando pelo River Plate-ARG, o equatoriano foi eleito o craque daquela edição do torneio de juniores. Quando o assunto é a carreira profissional, contudo, o meia só conhece os torneios continentais de longe.

Emprestado ao Barcelona-EQU em 2013, Juanito foi companheiro de Erazo na equipe. Mas, ao contrário do amigo, não foi sequer inscrito na Libertadores e deixou o clube frustrado com a falta de oportunidades. No Atlético, por outro lado, as chances devem aparecer, considerando os elogios recentes do técnico Diego Aguirre.

No ano passado, Cazares ainda ajudou o Banfield-ARG a se classificar para a Copa Sul-Americana de 2016, antes de ser negociado com o Atlético.

Erazo, por sua vez, foi peça-chave do time equatoriano na classificação para a Sul-Americana 2012 e para a Libertadores 2013, mas acumulou campanhas fracassadas. Na primeira, a equipe foi eliminada pelo Grêmio nas oitavas de final. Na segunda, ficou com a “lanterna” na fase de grupos.

Vendido ao Flamengo, “El Elegante” foi inscrito na Libertadores de 2014, mas não entrou em campo nenhuma vez. Depois, no ano passado, ajudou o Grêmio a garantir a vaga via Brasileirão, como titular absoluto. No Galo, ele vai depender de uma possível venda de Jemerson à Europa para ter o mesmo status.
 

 

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