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Victor pega pênalti no fim e coloca o Atlético nas semifinais da Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
Publicado em 31/05/2013 às 00:14.Atualizado em 20/11/2021 às 18:43.

Herói. Na noite desta quinta-feira (30), em que os atleticanos se vestiram de “pânico” para celebrar a mística do Horto, o goleiro Victor foi o grande responsável por evitar que o duelo contra o Tijuana se transformasse em um filme de terror. Com os pés, o arqueiro alvinegro pegou o pênalti cobrado por Riasco, aos 45 minutos da segunda etapa, e colocou o Atlético nas semifinais da Copa Libertadores. Um desfecho dramático, que nem os grandes enredos poderiam prever.

O curioso é que o Atlético enfrentará nas semifinais da Libertadores outro rival que se classificou graças a um pênalti. Na verdade foram 26 cobranças que colocaram o Newell’s Old Boys, da Argentina, no caminho do Galo. Os clubes somente voltarão a campo após a Copa das Confederações, em julho. Até lá, a torcida alvinegra pode celebrar uma das mais emblemáticas partidas da história da equipe. 

TRAMA CONTROVERSA

As máscaras de “pânico” projetavam uma noite não muito agradável para o Tijuana, adversário do Atlético nesta quinta-feira. Afinal, o palco do espetáculo, o Independência, tem uma certa mística de fazer com quem o visita não sair com boas histórias. Era o prenúncio de um filme de terror para os mexicanos e de uma trama feliz para a torcida alvinegra e seus astros, que buscavam uma vaga na semifinal da Libertadores.

Acontece que como na maioria das películas, a história sofreu controvérsias desde os primeiros atos. A primeira era de que o Atlético, com a vantagem em mãos, se mostrou afoito desde o rolar inicial da bola. Com isso, os ataques contra o gol de Saucedo eram pouco produtivos, o que deixava seus astros com atuações apagadas.

À tensão também se misturava o posicionamento errado por parte dos atleticanos. Desde as primeiras cenas, o Tijuana estava afobado. Queria chutar de qualquer jeito ao gol de Victor. E como a zaga alvinegra não compactava as linhas de ação de “Los Xolos”, eles experimentavam quando a menor brecha surgia. E foi ao explorar esses espaços, que eles deram um certo tom de mistério à partida. Aos 25 minutos, Nuñez escapou em um contra-golpe pelo setor direito. O ala levantou a cabeça e alçou bola na área, onde encontrou Riascos livre para pegar de primeira e abrir o placar. 1 a 0.

A atuação pouco convincente dos jogadores atleticanos fez com que pairasse no ar um certo clima de apreensão no Horto. Precisando correr atrás do prejuízo, o Galo passou a pressionar o Tijuana em seu próprio campo, mas não produzia nenhuma trama que empolgasse seus expectadores. Quando chegavam ali na frente, esbarravam na ansiedade de finalizar.

Quando a primeira parte da trama já caminhava para um final pouco feliz, Réver apareceu de herói para devolver à alegria ao torcedor atleticano. Aos 40 minutos, ele se posicionou atrás da defesa mexicana para receber cruzamento de Ronaldinho e desviar para as redes. 1 a 1. Descer para o vestiário com a igualdade foi um bom desfecho para um primeiro tempo onde o Atlético não brilhou como de costume.

Confira as melhores imagens da partida

O GRANDE HERÓI
 
A esperança da torcida alvinegra era de que o gol anotado já no final do primeiro tempo trouxesse de volta o belo futebol apresentado pelo Atlético na Libertadores. Mas assim como na etapa inicial, o Tijuana foi protagonista das maioria das ações, dando um clima de suspense à festa.
 
O Galo era irreconhecível. Apático, se transformou em coadjuvante justamente quando não podia. Crescendo em campo, “Los Xolos” passaram a marcar maior presença na área adversária e quase transformaram o contexto da trama aos 24 minutos, quando Fidel Martínez recebeu a bola livre de frente para Victor. A sorte é que o arqueiro alvinegro saiu nos pés do avante adversário e evitou o pior.
 
Com o correr do relógio, o drama foi aumentando, já que o Atlético não mostrava reação. O Tijuana, por sua vez, queria o gol de desempate e quase chegou nele aos 35 minutos, quando Arce fez justiça ao nome e cobrou falta com categoria. O chute só não foi perfeito porque esbarrou na trave, que se transformou em vilã para os mexicanos.
 
Como nos grandes filmes, a trama teve um desfecho surpreendente, digno de aplausos. Aos 45 minutos, quando já se apagavam as luzes, Leonardo Silva derrubou Aguilar na grande área. O juiz não teve dúvida e apontou a marca do cal, trazendo sofrimento à torcida alvinegra, que temia pelo pior. Mas Victor não fugiu ao papel de herói e com o pé esquerdo trouxe um grande final para os atleticanos presentes no Horto ao defender a cobrança. Era o grande personagem da história e seu ato de heroísmo certamente será lembrado por várias gerações.
 
A maré virou. O Atlético está a quatro jogos de ser o grande protagonista da América.
 
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 1 X 1 TIJUANA
 
ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha (Josué), Leonardo Silva, Réver, Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho, Bernard (Luan); Diego Tardelli e Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca
 
TIJUANA: Cirilo Saucedo, Oliver Ortíz (Fidel Martínez), Javier Gandolfi, Pablo Aguilar; Edgar Castillo, Cristian Pellerano, Fernando Arce, Richard Ruiz Toledo (Daniel Márquez), Juan Carlos Nuñez; Duvier Riascos e Alfredo Moreno (Piceno). Técnico: Antônio Mohamed
 
Gols: Riasco (aos 25') e Réver (aos 40' do 1º tempo)
Motivo: Jogo de volta das quartas de final da Libertadores
Data: 30 de maio de 2013
Estádio: Independência
Local: Belo Horizonte
Árbitro: Patricio Polic (CHI)
Auxiliares: Juan A. Maturana (CHI) e Raul Orellana (CHI)
Público: 20.988 pagantes
Renda: R$ 1.771.865,00
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Leonardo Silva e Victor (Atlético); Gandolfi e Pellerano (Tijuana)
Cartão vermelho: Réver (Atlético)
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