Herói. Na noite desta quinta-feira (30), em que os atleticanos se vestiram de “pânico” para celebrar a mística do Horto, o goleiro Victor foi o grande responsável por evitar que o duelo contra o Tijuana se transformasse em um filme de terror. Com os pés, o arqueiro alvinegro pegou o pênalti cobrado por Riasco, aos 45 minutos da segunda etapa, e colocou o Atlético nas semifinais da Copa Libertadores. Um desfecho dramático, que nem os grandes enredos poderiam prever.
O curioso é que o Atlético enfrentará nas semifinais da Libertadores outro rival que se classificou graças a um pênalti. Na verdade foram 26 cobranças que colocaram o Newell’s Old Boys, da Argentina, no caminho do Galo. Os clubes somente voltarão a campo após a Copa das Confederações, em julho. Até lá, a torcida alvinegra pode celebrar uma das mais emblemáticas partidas da história da equipe.
TRAMA CONTROVERSA
As máscaras de “pânico” projetavam uma noite não muito agradável para o Tijuana, adversário do Atlético nesta quinta-feira. Afinal, o palco do espetáculo, o Independência, tem uma certa mística de fazer com quem o visita não sair com boas histórias. Era o prenúncio de um filme de terror para os mexicanos e de uma trama feliz para a torcida alvinegra e seus astros, que buscavam uma vaga na semifinal da Libertadores.
Acontece que como na maioria das películas, a história sofreu controvérsias desde os primeiros atos. A primeira era de que o Atlético, com a vantagem em mãos, se mostrou afoito desde o rolar inicial da bola. Com isso, os ataques contra o gol de Saucedo eram pouco produtivos, o que deixava seus astros com atuações apagadas.
À tensão também se misturava o posicionamento errado por parte dos atleticanos. Desde as primeiras cenas, o Tijuana estava afobado. Queria chutar de qualquer jeito ao gol de Victor. E como a zaga alvinegra não compactava as linhas de ação de “Los Xolos”, eles experimentavam quando a menor brecha surgia. E foi ao explorar esses espaços, que eles deram um certo tom de mistério à partida. Aos 25 minutos, Nuñez escapou em um contra-golpe pelo setor direito. O ala levantou a cabeça e alçou bola na área, onde encontrou Riascos livre para pegar de primeira e abrir o placar. 1 a 0.
A atuação pouco convincente dos jogadores atleticanos fez com que pairasse no ar um certo clima de apreensão no Horto. Precisando correr atrás do prejuízo, o Galo passou a pressionar o Tijuana em seu próprio campo, mas não produzia nenhuma trama que empolgasse seus expectadores. Quando chegavam ali na frente, esbarravam na ansiedade de finalizar.
Quando a primeira parte da trama já caminhava para um final pouco feliz, Réver apareceu de herói para devolver à alegria ao torcedor atleticano. Aos 40 minutos, ele se posicionou atrás da defesa mexicana para receber cruzamento de Ronaldinho e desviar para as redes. 1 a 1. Descer para o vestiário com a igualdade foi um bom desfecho para um primeiro tempo onde o Atlético não brilhou como de costume.
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