Atletismo brasileiro chega ao Mundial com desafio ainda maior após desfalques

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
30/07/2017 às 22:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:50
 (COB/divulgação)

(COB/divulgação)

Praticamente um ano após a Olimpíada do Rio, na qual disputou 11 finais e conquistou uma medalha, a Seleção Brasileira de Atletismo chega ao Campeonato Mundial de 2017 diante de um grande desafio.

Com um histórico de poucos pódios na competição, a delegação nacional ainda desembarcará em Londres sem os seus principais destaques individuais: o campeão olímpico Thiago Braz e a revelação mineira Núbia Soares, ambos contundidos.

A competição mais importante da temporada será disputada a partir desta sexta-feira (4), no estádio onde foi realizada a Olimpíada de 2012. Naquela edição dos Jogos, o país acabou sem medalhas no atletismo pela primeira vez desde Barcelona-1992.

A direção da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) diz não ter projeções ou metas para o Mundial. Os principais objetivos da seleção, no entanto, são bem claros: repetir o feito único alcançado em 1999, quando emplacou três atletas no pódio, e alcançar a segunda medalha de ouro da história para o país.

Nas outras 15 edições do campeonato, o Brasil nunca conseguiu mais de um pódio. Pelo contrário: passou “em branco” cinco vezes (1993, 2001, 2005, 2009 e 2013). Ao todo, o país conquistou 12 medalhas e, até hoje, faturou somente um ouro, com Fabiana Murer, em 2011 (veja o quadro abaixo).

A Seleção

A CBAt levará 35 atletas para Londres. O campeão olímpico do salto com vara está vetado, mas estarão presentes todos os outros sete finalistas em provas individuais nos Jogos Rio-2016.

São eles Altobeli Santos (3.000m com obstáculos), Darlan Romani e Geisa Arcanjo (arremesso do peso), Wagner Domingos (lançamento de martelo), Luiz Alberto Cardoso (decatlo), Caio Bonfim e Érica Sena (marcha atlética 20km).

Também finalista na última Olimpíada, o revezamento 4x400m masculino chega à Inglaterra com duas mudanças: Hugo Balduíno e Alexander Russo terão agora as companhias de Lucas Carvalho e Anderson Henriques. Já o quarteto dos 4x100m, sexto colocado no Rio, não se classificou para o Mundial.

Medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim- 2008, a velocista Rosângela Santos é outra esperança do país, nos 100m, 200m e 4x100m.

Mineira de Lagoa Prata, a saltadora Núbia Soares era outra grande esperança de medalha, pois é a brasileira mais bem colocada no ranking mundial da temporada (tem quarta melhor marca de 2017 no salto triplo). A jovem de 21 anos, porém, sofreu uma lesão no pé durante a preparação para o torneio.

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