Banco suíço diz em carta que extrato de suposta conta de Romário é 'falso'

Estadão Conteúdo
06/08/2015 às 08:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:14
 (Reprodução / Facebook)

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O banco BSI disse em uma carta que o extrato de uma suposta conta do senador Romário (PSB-RJ) é "falso" e abre uma queixa penal no Ministério Público de Genebra. A instituição financeira afirma no documento, enviado ao parlamentar, que o ex-jogador "não é o titular dessa conta". O BSI não informa, porém, se Romário já foi cliente do banco ou se foi titular de alguma outra conta sob sua custódia.

Reportagem da revista Veja da semana passada informou a existência da conta com R$ 7,5 milhões, que não teria sido declarada à Receita Federal no Brasil. Após a publicação, Romário decidiu viajar até Genebra e se reuniu com advogados e com o BSI. "Mostramos os extratos e o banco garantiu que esses documentos são falsos", disse Romário na semana passada.

Até agora, porém, o banco havia se recusado a comentar o caso e permaneceu em silêncio. Romário era o único que garantia que a conta não existia. A reportagem do tentou depositar 1 franco suíço na conta. Mas o dinheiro retornou.  (function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, 'script', 'facebook-jssdk'));

Acabei de receber do banco suíço BSI a confirmação de que o extrato da suposta conta bancária com o saldo de R$ 7,5 milh... Posted by Romário Faria on Quarta, 5 de agosto de 2015


Numa carta datada de 5 de agosto aos advogados contratados por Romário em Genebra, o banco informa que abriu uma "queixa penal na Procuradoria Geral de Genebra no dia 4 de agosto de 2015".

Na queixa penal "contra um desconhecido" e endereçada ao procurador Olivier Jornot, o banco aponta que a instituição financeira pode estabelecer com certeza que o extrato da conta é falso e que o sr. Romário de Souza Faria não é, portanto, titular de dita conta em nosso banco na Suíça".

A instituição financeira considera que os atos "constituem diversos delitos penais graves, em especial a falsificação de documentos". "Diante dos fatos, o BSI solicita a abertura imediata de um processo penal", diz a carta.

O banco não fala se Romário é ou não titular de alguma outra conta da instituição nem se já teria sido correntista no passado. O BSI foi comprado pelo banco brasileiro BTG, no ano passado, mas a transação ainda não foi concluída. Entre os acionistas do BTG está o irmão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

O senador relacionou o episódio que o ligou à conta milionária ao fato de atuar na CPI do Futebol, que pretende investigar dirigentes da CBF após o escândalo de corrupção na Fifa e a prisão do ex-presidente da confederação José Maria Marín, e de querer disputar a Prefeitura do Rio, em 2016. Na semana passada, Paes deu declarações se afastando de qualquer responsabilidade no caso e indicando que seu irmão o teria informado que o BTG não tem acesso às contas de clientes do BSI, na Suíça.

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