Baroni define nome de chapa e integrantes para eleição do Conselho Deliberativo do Cruzeiro

Guilherme Piu e Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
Publicado em 05/05/2020 às 17:20.Atualizado em 27/10/2021 às 03:26.
 (Montagem sobre fotos de Jaci Silveira e arquivo pessoal)
(Montagem sobre fotos de Jaci Silveira e arquivo pessoal)
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Candidato à presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, o empresário Giovanni Baroni revelou os integrantes sua chapa para a eleição do dia 21 de maio. Baroni aguardava a resposta do "último nome" para fechar seu grupo, e esse integrante, componente do Conselho Gestor, é Alexandre Faria, que aceitou o convite para fazer parte da "Transparência e Reconstrução". 

A oficialização da chapa "Transparência e Reconstrução" aconteceu na tarde desta terça-feira (5) com todos os cargos preenchidos. Além do próprio Giovanni Baroni, candidato como presidente, e Alexandre Faria, 1º secretário, Celso Luiz Chimbida, vice-presidente, e Alysson Vilela Caires, 2º secretário, completam o quarteto.

Membros da chapa 

Celso Luiz Chimbida

Conselheiro nato, Celso Luiz Chimbida foi um dos cinco membros do Conselho Fiscal que renunciaram ao cargo em 8 de maio de 2019, dias antes de graves denúncias envolvendo a Wagner Pires de Sá e outros membros de sua diretoria "estourarem" no programa Fantástico, da TV Globo. 

À época, Celso Luiz Chimbida, Geraldo Luiz Brinat e Ubirajara Pires Glória renunciaram aos cargos de uma vez sob alegação de que não conseguiam acesso aos documentos necessários para o bom andamento das fiscalizações quando Pires de Sá presidia o clube.

Chimbida seria candidato à presidência do Cruzeiro na chapa de Emílio Brandi, um dos empresários renomados do Conselho Gestor cruzeirense, e parente de Felício Brandi, tido como um dos maiores presidentes da história da Raposa. Entretanto, questões políticas fizeram Brandi desistir da candidatura.

Alysson Vilela Caires

Já o conseleiro efetivo Alysson Caires, candidato para o cargo de 2º secretário na chapa de Baroni, apoiou o advogado Sérgio Santos Rodrigues e o próprio Giovanni Baroni na eleição presidencial de 2017, vencida por Pires de Sá. Após o pleito, Caires se uniu à situação por entender que a disputa política se encerraria naquele momento no clube. 

Ainda quando apoiador de Wagner Pires de Sá e companhia, Alysson Caires assinou com outros 130 conselheiros o pedido para retorno do então vice-presidente de futebol Itair Machado às suas funções. 

É que em julho do ano passado, Itair foi afastado daquelas que eram suas funções por um desembargador da 12ª Câmara Cível de Belo Horizonte, após pedido de tutela de urgência impetrado por alguns conselheiros do Cruzeiro. 

Apesar do apoio aos ex-gestores em um passado recente, Alisson Caires rompeu ligações com os antigos membros da "Família União" e se colocou como um dos desafetos do próprio Itair Machado. 

Caires, após o jogo entre Internacional e Cruzeiro, no Campeonato Brasileiro de 2019, chegou a ser empurrado por Alexandre Comoretto, também conhecido como "Gaúcho", após fazer críticas à gestão de Wagner Pires de Sá em entrevista ao "Seu Nome, Seu Bairro", quadro conduzido pelo jornalista Thiago Reis após as partidas dos clubes mineiros nas jornadas esportivas da Rádio Itatiaia. 

Alexandre de Souza Faria

Dono de uma empresa que trabalha no ramo de seguros, Alexandre de Souza Faria ficou conhecido pela torcida do Cruzeiro no fim do ano passado, quando o Conselho Gestor assumiu o comando administrativo do clube. Ocupa cargo no Núcleo Dirigente Transitório no setor financeiro ao lado de Anísio Ciscotto. 

Discordância com Dalai

Recentemente, na primeira reunião do Conselho Deliberativo celeste em 2020, Celso Luiz Chimbida entrou em discordâncias de pensamento com o atual presidente interino do clube José Dalai Rocha. O conselheiro falou até em "purificação do clube", após o então mandatário estrelado dizer que a briga entre "xiitas" nos bastidores era prejudicial ao Cruzeiro.

"Eu me senti ofendido quando o Dalai pega, abre (a reunião) e nos chama atenção, de que simplesmente somos xiitas e temos que unir. Unir, não. Nós temos que purificar o Cruzeiro. Não podemos simplesmente passar a mão no que aconteceu, tanto que é a proposta de aprovar as contas a referendo foi feita baseada no entendimento de que tem algumas coisas que precisam ser vistas e colocadas às claras", desabafou.
Chimbida enfatizou sua fala ao citar o que ele via como grande problema, e que deixou o clube na atual situação de grande crise financeira.

“O problema do Cruzeiro chama-se má gestão, gestão temerária que foi feita. É o que fizeram com o nosso Cruzeiro. Este foi o nosso problema”, disse no dia 7 de fevereiro deste ano na reunião que aconteceu no Salão Nobre do Parque Esportivo do Barro Preto, uma das sedes sociais do Cruzeiro. 

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