Base e interior dominavam times de Atlético e Cruzeiro no primeiro mata-mata nacional

Alexandre Simões
10/07/2019 às 20:50.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:29
 (Álbum de Figurinhas da Copa União/Reprodução)

(Álbum de Figurinhas da Copa União/Reprodução)


Cruzeiro e Atlético iniciam na noite desta quinta-feira, às 20h, no Mineirão, o quarto confronto de mata-mata nacional entre eles. Essa história começa em fevereiro de 1987, quando eles se enfrentaram também pelas quartas de final, mas do Campeonato Brasileiro, até porque a Copa do Brasil só teria sua primeira edição duas temporadas depois.

Um aspecto que chama a atenção nesses dois jogos, que levaram mais de 90 mil torcedores ao Gigante da Pampulha, é a força das categorias de base e do interior mineiro na composição dos dois times.
Nesta quinta-feira, entre os 22 jogadores que começam o clássico, apenas o centroavante Alerrandro, do Atlético, foi criado na base. No Cruzeiro, Fred começou no América.

Nos dois jogos pelas quartas do Brasileirão de 1986 a realidade era bem diferente. Dos 13 jogadores escalados pelo técnico Carlos Alberto Silva no Cruzeiro, nos dois jogos, cinco – Gomes (goleiro), Geraldão (zagueiro), Douglas (volante), Eduardo (meia) e Vanderlei (atacante) foram revelados na base. Além disso, outros dois foram contratados de clubes do interior.

São o zagueiro Gilmar Francisco, que era do Uberlândia, e o lateral-esquerdo Genílson, ex-Valério.

Dupla

No Atlético, a história era bem parecida. O treinador Ílton Chaves também usou 13 jogadores diferentes nas duas partidas. Eram quatro crias da base alvinegra – Pereira (goleiro), Paulo Isidoro (meia), Sérgio Araújo e Edvaldo (atacantes). Desses, Paulo Isidoro já tinha passado por outros clubes e retornado ao Galo.

A dupla de zaga do Atlético, uma das melhores da sua história, era formada por Batista, ex-Uberlândia, e Luizinho, que o clube buscou no Villa Nova. O time tinha ainda o atacante Ramon, revelado no América.

Com o caos financeiro unindo os dois lados, uma saída para pagar as dívidas sem dúvida seria lucrar com a venda de craques da base ou garimpados no interior do Estado. Mas isso é apenas o passado no futebol mineiro.

A FICHA DO 1º JOGO

CRUZEIRO 0
Gomes; Balu, Geraldão, Gilmar Francisco e Genílson; Douglas, Heriberto e Ernani (Vanderlei); Eduardo, Hamilton e Edson.
Técnico: Carlos Alberto Silva
ATLÉTICO 0
Pereira; Nelinho, Batista, Luizinho e Paulo Roberto Prestes; Elzo, Everton e Zenon; Sérgio Araújo, Ramon (Reinaldo Xavier) e Edvaldo.
Técnico: Ílton Chaves

DATA: 8 de fevereiro de 1987
LOCAL: Mineirão
MOTIVO: Jogo de ida das quartas de final do Campeonato <EM><QA0>
Brasileiro de 1986
ARBITRAGEM: Arnaldo César Coelho, auxiliado por Élson Pessoa e <EM><QA0>
José Loureiro, todos do Rio de Janeiro
CARTÕES AMARELOS: Genílson e Édson (Cruzeiro); Luizinho (Atlético)
PÚBLICO: 94.381
RENDA: Cz$ 3.880.300,00

A FICHA DO 2º JOGO

ATLÉTICO 1
Pereira; Nelinho, Batista, Luizinho e Paulo Roberto Prestes; Elzo, Everton (Paulo Isidoro) e Zenon; Sérgio Araújo, Renato Frederico e Edvaldo (Ramon).
Técnico: Ílton Chaves
CRUZEIRO 1
Gomes; Balu, Geraldão, Gilmar Francisco e Genílson; Douglas, Heriberto e Ernani (Eduardo); Robson, Hamilton e Edson.
Técnico: Carlos Alberto Silva

DATA: 11 de fevereiro de 1987
LOCAL: Mineirão
MOTIVO: Jogo devolta das quartas de final do Campeonato <EM><QA0>
Brasileiro de 1986
ARBITRAGEM: Romualdo Arppi Filho, auxiliado por Eduardo <EM><QA0>
Ferreira e Edivaldo Pereira, todos de São Paulo
CARTÕES AMARELOS: Gilmar Francisco, Genílson e Eduardo (Cruzeiro)
PÚBLICO: 90.190
RENDA: Cz$ 4.150.480,00

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