Bauza no Galo e Aguirre no São Paulo? Rivais da Libertadores fizeram 'duelos' fora de campo

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
17/05/2016 às 20:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:29
 (Maurício Rummens/ Foto Arena/Estadão Conteúdo)

(Maurício Rummens/ Foto Arena/Estadão Conteúdo)

Edgardo Bauza desce do ônibus do Atlético com o passo apressado rumo ao vestiário da equipe mandante no Independência. O argentino precisa preparar o time e ver se Robinho terá condições de jogo para auxiliar Jonathan Calleri no ataque. Do outro lado, na área do clube visitante, o uruguaio Diego Aguirre orienta o São Paulo, que não terá nenhum desfalque mais importante.

O duelo hipotético poderia acontecer nesta quarta-feira (18) no Horto. O jogo entre Galo e Tricolor, às 21h45, valendo vaga na semifinal da Copa Libertadores, reúne dois adversários em várias disputas além das quatro linhas. Em uma delas, os treinadores por pouco não trocaram de papéis.

Em novembro de 2015, antes do acerto com o presidente Daniel Nepomuceno, Aguirre havia sido cogitado para substituir Doriva no comando do São Paulo. E ele tem história no clube paulista. Foi levado ao Morumbi como jogador pelas mãos do empresário Juan Figer, o mesmo que ofereceu o serviço do treinador aos mineiros. O uruguaio chegou a ser anunciado pelo Al Gharafa-QAT, mas mudou de rota e foi parar na Cidade do Galo.

Bauza, por sua vez, foi o técnico mais sondado no fim da temporada. Depois de anunciar que sairia do San Lorenzo, em outubro, o jornal “Olé”, da Argentina, informou que o Atlético havia sido um dos primeiros clubes a entrar em contato com “Patón”. Entretanto, o alto salário (cerca de R$ 400 mil) travou o avanço das conversas.

A ida do argentino para o São Paulo só foi concretizada duas semanas depois de o Galo anunciar a vinda de Diego Aguirre para substituir Levir Culpi.

Calleri e troco português
A chegada de Bauza ao Tricolor foi um dos fatores que determinou uma batalha perdida entre os clubes. O Atlético iria contratar Jonathan Calleri por empréstimo até o fim de junho. Mas uma ligação do técnico ajudou a tirar o atacante do Galo. No fim das contas, o São Paulo fez uma oferta financeiramente 2,5 vezes maior.

A permanência de Lucas Pratto diminuiu a frustração com o desfecho da negociação. Porém, um outro jogador foi “roubado” pelos paulistas e poderia suprir uma lacuna ainda existente no alvinegro.

Ao vender o jovem zagueiro Jemerson para o Monaco, o Galo deixou o Porto a ver navios, e os Dragões não se esqueceram do episódio. O zagueiro Maicon, afastado pelos lusitanos após falhar em uma derrota, pediu para voltar ao Brasil, emprestado, e ligou para o diretor de futebol Eduardo Maluf. 

Ambos se conheceram no Cruzeiro, quando o dirigente negociou o então promissor defensor do time sub-20 aos portugueses, em 2009. Para “dar o troco”, a direção do Porto negociou o atleta com o Tricolor.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por