Bayern atropela o Guangzhou e aguarda vencedor de Galo e Raja Casablanca

Wallace Graciano - Hoje em Dia
17/12/2013 às 19:38.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:51
 (Fadel Senna)

(Fadel Senna)

Tão fácil como se esperava. O Bayern de Munique se impôs frente ao Guangzhou, da China, e não teve dificuldades para aplicar 3 a 0 no rival, que praticamente só se defendeu nesta terça-feira (17), no duelo realizado em Agadir, em Marrocos. Os gols da equipe alemã foram anotados por  Ribery, Mandžukić e Götze.   O time bávaro agora espera o vencedor de Atlético e Raja Casablanca, que se enfrentam nesta quarta-feira (18), em Marrakech, às 17h30 (horário de Brasília). Quem passar, o enfrenta no sábado (21), no mesmo horário.   Jogo de um time só   O técnico do Guangzhou, o italiano Marcelo Lippi, sabia que a diferença técnica entre seu time e o Bayern de Munique era absurda. Por isso, recorreu ao velho “catenaccio”, esquema tão peculiar ao povo da “bota”. A ideia do comandante era deixar poucos espaços e explorar os que eram fornecidos pelos alemães. Assim, poderia diminuir a distância entre os dois clubes, ao menos de forma hipotética. A proposta até que conseguiu ter efeito, já que seus oito jogadores atrás da linha da bola obrigavam o Bayern a trocar passes com uma frequência ainda maior. De quebra, eles conseguiram limitar as brechas para chutes de média distância. O problema é que era pouco. Muito pouco para conter os alemães.   O time da Baviera não se importava com a postura de contenção do rival. Trocava bolas, parecendo ser impassível com quem estava ali à frente. A pelota viajava de um lado para o outro, bem ao estilo Guardiola. Virou um “tiki-taka no chucrute”. Assim, o Bayern foi abrindo brechas e chegando mais próximo ao gol, como aos 24 minutos, quando uma belíssima troca de passes caiu nos pés de Kross, que arriscou da entrada da área com força e carimbou o travessão.   Com tamanho desequilíbrio, ficava claro que somente uma partida sem erros levaria o Guangzhou à final. Mas aos 38 minutos, o goleiro, justo aquele que não pode falhar, deu o ar da graça, e não segurou o chute cruzado de Ribéry. A bola beijava o barbante e eliminava a esperança chinesa de conter os alemães.   O gol abateu a defesa de Lippi, que vinha se apresentando de forma convincente até então. Desolados, perderam o equilíbrio e deram outro tento de presente para o time bávaro. Aos 43 minutos, o brasileiro naturalizado espanhol Thiago Alcântara pressionou a saída de bola e recuperou a gorduchinha com espaços para achar o centroavante Mandžukić livre no miolo da área. Ali não tem conversa. De peixinho, o camisa nove ampliou o marcador. 2 a 0. E não foi um resultado tão ruim para os chineses. Eles sofriam menos em filmes do Bruce Lee.  

Bayern não teve dificuldades para bater o time chinês (Fadel Senna/AFP)   Tirando o pé   O segundo tempo seguiu a toada do anterior. Era um Bayern mostrando sua superioridade de diversas formas. Foi preciso, quando Götze arriscou de fora da área e acertou o ângulo de Zeng Cheng e ampliou o marcador para 3 a 0. Foi também inteligente, ao se “expor na boa”, evitando um desgaste desnecessário.   Apesar de não mostrar seu futebol em plenitude, o time da baviera mostrou o porquê de tanto favoritismo que lhe era depositado. Os chineses, por sua vez, mostraram a distância que há entre os dois lados e frustraram aqueles que esperavam ao menos um “susto” nos alemães.   Ficou constatação de que não adianta apenas se defender perante ao Bayern. Claro que a marcação tem que ser forte, em cima, quase que um “cada um no seu e não o largue”. Pede-se dedicação ao extremo para atenuar as diferenças. Mas é preciso ousar, já que a defesa do Bayern mostrou certas limitações mesmo expostas ali, diante da força de ataque do Guangzhou, que se mostrou frágil. Vai que quem passar de Atlético e Raja Casablanca tenha seu “Gabiru”...

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