Bayern de Munique enfrenta "um país inteiro" na decisão do Mundial

Felipe Torres - Enviado Especial
21/12/2013 às 11:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:57
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

MARRAKESH – A “ficha” dos jogadores atleticanos deve ter caído. Enquanto eles ainda estavam trancados no hotel tentando se curar da ressaca pela desastrosa derrota para o Raja Casablanca, o Bayern de Munique atraía olhares de todas as partes do planeta ontem no Grande Estádio de Marrakesh. Finalistas do Mundial de Clubes da Fifa, os alemães treinaram e falaram sobre a expectativa de conquistar o troféu sobre o time marroquino neste sábado (21), às 17h30 (de Brasília).   Esbanjando educação, o técnico Pep Guardiola enfatizou a dificuldade de se enfrentar um time casa, que “carrega toda a bandeira de um país”. O interessante é que o comandante respondeu às perguntas dos jornalistas em três línguas diferentes – inglês, espanhol e alemão –, sem utilizar a tradução simultânea, disponibilizada pela organização.   Guardiola, inclusive, comentou o fiasco do Galo diante do anfitrião Raja. “Não acho que o Atlético tenha subestimado o rival marroquino. Simplesmente, o Raja atuou melhor, de forma intensa”, analisou. O líder do Bayern lembrou que a maioria sempre espera no torneio por uma decisão entre os representantes da Europa e da América do Sul.   “A história mostra isso. Porém, o Raja jogou com o coração. Deu para perceber pela maneira que comemorou os gols”, completa. Pep ainda se disse impressionado com a comoção que tomou conta de Marrakesh após a façanha marroquina.    “Vim assistir à semifinal e, no momento de ir embora do estádio, acompanhei de perto a festa dos torcedores do Raja Casablanca. Amanhã (hoje) até o rei do país assistirá à partida, o que reforça a importância do encontro”, diz Guardiola, que hoje pode conquistar pela terceira vez o torneio, após os títulos de 2009 e 2011, pelo Barcelona.    Brasileiros   Se os atleticanos terão de contentar com a disputa do terceiro lugar, outros brasileiros poderão entrar para o seleto grupo de campeões do Mundial de Clubes da Fifa. Dante, Rafinha e Thiago Alcântara (naturalizado espanhol) se juntariam a outros compatriotas que ergueram o troféu por um clube europeu.   “Como sabemos, os times da Europa não se empolgam tanto com o Mundial. Mas vamos entrar fortes e concentrados. Queremos muito este título para fechar 2013”, avisa Dante.    O próprio Thiago tinha conseguido tal feito, em 2011, com Pep Guardiola no banco de reservas, vestindo a camisa do Barcelona. Ao lado de Daniel Alves, Maxwell e Adriano, humilharam o Santos de Neymar, por 4 a 0.   Vencedor da “Bola de Ouro” em 2007, Kaká é o brasileiro mais famoso a dar a volta olímpica no Mundial por uma equipe do Velho Continente, com o Milan, naquela temporada.

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