(Pedro Souza/Atlético)
O Estádio Independência cheio de cadeiras desocupadas no último clássico entre América e Atlético gerou desagrado da presidência alvinegra. Um público baixo, de menos de 7 mil presentes. Nesta terça-feira, a FMF publicou o borderô da partida, que revela outras questões do Horto vazio do último domingo.
Dos 6.692 torcedores presentes na vitória de 2 a 0 do Galo que o classificou à final, apenas 4.353 torcedores pagaram pelo ingresso. Os outros 2.339 presentes foram como "público gratuito". E desse número que entra no borderô sem pagar pela entrada, 2.289 foram pessoas "não torcedoras", que são incluidas na conta sob a classificação de "Convênios, Serviços e Autoridades".
Assim, que foi ao Independência como torcedor, na essência da palavra, foi um público limitado de 4.403 pessoas. Apenas 19,6% da capacidade operacional do Independência.
"Torcedor tem que vir para o campo. Futebol é emoção, alegria. Tem que vir a família, os filhos. Queremos os campos cheios. Ver um campo vazio assim numa semifinal de Mineiro entre dois times da Série A é uma vergonha para nós, dirigentes. Mas não me incluo nisso, pois fiz de tudo para que pudessemos ter o campo cheio aqui", havia dito o presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, logo após o duelo no Horto.Reprodução/Atlético
Borderô do segundo jogo da semifinal entre América e Atlético: 2 mil pessoas 'não torcedoras'
DINHEIRO
O público baixo representa prejuízo ao América. Os preços dos ingressos eram R$ 100 e R$ 50 (meia) para os setores laterais do Independência. Já a parte atrás do gol tinha o valor de R$ 60 e R$ 30 (meia). Preço salgado, mas que significou receita líquida no vermelho ao time mandante.
Foram arrecadados R$ 132.230,00 das bilheterias, sendo R$ 119.740,00 para o América e o restante para a LuArenas, consórcio de administração do estádio. As despesas do Coelho foram de 128.368,20, rendendo um prejuízo líquido de R$ 8,6 mil.