(Lucas Figueiredo/CBF)
Lá se vão cinco partidas do novo ciclo da Seleção Brasileira com a de hoje, às 17h (de Brasília), ainda longe do torcedor. Se dentro de campo o trabalho de Tite tem correspondido (quatro vitórias), fora dele chama a atenção a insistência do grupo detentor dos direitos comerciais da equipe em optar por outros mercados e públicos. Depois de Estados Unidos e Arábia Saudita, agora é a vez de Londres ser o palco de mais uma data Fifa, a última do ano.
E enquanto a disputa da Liga das Nações da Uefa impede confrontos com as potências europeias, ao menos a Seleção terá pela frente adversários de tradição. A começar por um Uruguai de boas lembranças nas Eliminatórias para o Mundial da Rússia mas que, na Copa, mostrou capacidade de renovação e um futebol consistente.
Ao contrário de Tite, que só não conta com Philippe Coutinho e Casemiro, Óscar Tabarez tem de lidar com vários desfalques. Nandez e Mayada estão envolvidos com a decisão da Libertadores, enquanto Muslera, Godín, Coates, Giménez e Gastón Silva estão contundidos. “Confio em todos os que estão aqui, se os chamei, é porque acredito no potencial de todos”, destaca o “profe”, que pode dar nova chance ao cruzeirense Arrascaeta no meio. Cavani e Suárez são uma dupla capaz de tirar o sono de qualquer zaga, muito embora Marquinhos e Miranda vivam bom momento.
Mistério
Como fez diante da Argentina, Tite optou pelo mistério e não revelou a escalação oficial, confirmando apenas que dará chance a Wallace, ex-Grêmio, no meio, ao lado de Arthur. No setor, permanece a dúvida entre Renato Augusto e Paulinho. Na frente, tudo indica que Firmino começará jogando, com Gabriel Jesus no banco.
“Não vou revelar (a escalação)e explico o motivo. Se eu antecipo quem começa jogando, tiro o efeito de uma possível surpresa na escalação, já que há uma oscilação técnica e tática dependendo dos jogadores que atuaram. No caso do Wallace, confirmo porque ele é a opção para a vaga do Casemiro”.
O treinador mostrou respeito pela Celeste apesar dos desfalques e lembrou que o colega Tabárez vive um momento de renovação no grupo, com atletas de potencial ganhando oportunidades. Não faltou uma pitada de bom humor na entrevista coletiva de ontem: “é uma seleção forte em seu conjunto. Se eu fosse brincar só pediria para jogarem sem o Cavani e o Suárez”.