Briga entre torcedores pode custar caro ao líder Cruzeiro

Alberto Ribeiro e Renato Fonseca - Hoje em Dia
14/10/2013 às 07:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:18

A briga entre duas torcidas organizadas do Cruzeiro antes do clássico contra o Atlético ontem, no Independência, pode custar perdas de mando de campo ao clube na reta final do Campeonato Brasileiro. Alocados juntos no bloco da rua Ismênia Tunes, integrantes da Máfia Azul e da Pavilhão Independente, conhecidamente rivais, protagonizaram cenas de violência.

Houve muito empurra-empurra, e a Polícia Militar precisou intervir para acalmar os ânimos e evitar uma confusão generalizada. Tanto que as facções acabaram separadas no espaço, e dois indivíduos foram detidos.

Mesmo que o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não relate os incidentes em súmula, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tem condições de denunciar a Raposa com base nas imagens.

“É uma rixa antiga. Todo mundo que vai ao campo sabe que Máfia Azul e Pavilhão não se dão bem. A confusão começou porque alguns integrantes da Máfia chegaram e começaram a empurrar as pessoas que já estavam acomodadas nas cadeiras. A Pavilhão comprou a briga”, relata um torcedor que estava no local.

Nesta edição da Série A, uma briga entre torcidas custou a Vasco e Corinthians quatro partidas longe de casa. O tumulto ocorreu no Mané Garrincha, em Brasília, agosto passado.

O Atlético-PR também corre o risco de ser indiciado, após um confronto entre duas organizadas do clube, no Durival de Britto, há pouco mais de uma semana. O STJD promete recorrer aos vídeos do clássico paranaense e avaliar a situação.

Bombas e pedras

Um agravante deve complicar a situação da Raposa. Parte dos cruzeirenses arremessou objetos, inclusive duas bombas de fabricação caseira e pedras, nos atleticanos, sócios do programa Galo na Veia Black. Os alvinegros estavam num setor logo abaixo ao dos estrelados.

A atitude deixou indignado o presidente do Galo, Alexandre Kalil, que vai denunciar o comportamento dos rivais ao STJD. “Espero que o tribunal veja o que aconteceu. Isso só com esse visitante (Cruzeiro). Jogaram duas bombas na minha frente, sendo que uma poderia cegar uma pessoa. Temos que parar com isso no futebol”, ressalta o dirigente atleticano.

Não houve feridos, mas, encerrada a partida, torcedores do Atlético protestaram contra a atuação da Polícia Militar, lembrando que muitas crianças e mulheres estavam na área. 

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