“Vamos conseguir visibilidade para o meu esporte. Era tudo que eu queria.” Foi assim que o mineiro Maicon Andrade, atleta do Taekwondo, traduziu o bronze conquistado nos Jogos Olímpicos Rio-2016, no mês passado, e apresentou a difícil realidade da categoria no país.

Nascido em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, Maicon, de 23 anos, precisou mudar-se para São Caetano do Sul, no ABC Paulista, para ter estrutura ideal de treinamento e mais apoio financeiro.

Contudo, principalmente após o anúncio do Brasil como sede da Olimpíada, o cenário em Minas Gerais começou a mudar.
Investindo na construção do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG, a expectativa do governo é de que atletas de várias modalidades sejam formados e preparados para as grandes competições.

“Esta medalha do Maicon foi muito importante. Ela veio para contribuir bastante para que crianças e adolescentes tenham um espelho no Taekwondo”, comenta Cristiano Arruda, supervisor do CTE. “Meu telefone passou a tocar muito mais depois desta conquista”, acrescenta.

Procura-se investidor

Entretanto, segundo Arruda, o grande desafio da modalidade é na questão financeira. Apesar da estrutura de primeira e profissionais qualificados, falta auxílio aos atletas. “Muitos abandonam os treinamentos por não ter condições de bancar o deslocamento para os treinos”, diz o supervisor.

Com projeto aprovado na Lei de Incentivo, o CTE aguarda interessados para custear estes gastos - cerca de R$ 300 mil por 24 meses, descontados no ICMS – e, com isso, dar mais suporte aos atletas. Hoje, são eles que custeiam equipamentos de proteção e parte das viagens para competir.Flavio Tavares / N/A

Cinco atletas do CTE estarão em ação no Campeonato Brasileiro, em João Pessoa (Paraíba), neste fim de semana

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