(Reprodução / Facebook CBJ)
RIO DE JANEIRO - “Ô lê lê, Ô lá lá, a Mayra vem aí e o bicho vai pegar!”. Foi com este grito de guerra, vindo das cadeiras da Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da "Cidade Maravilhosa", que a judoca Mayra Aguiar entrou em cena para brigar pela medalha de bronze na categoria até 78kg. Curiosamente, o coro começou bem antes da brasileira dar as caras no ginásio.
Terceiro sargento da Marinha, Mayra ajudou a amenizar a frustração dos brasileiros com o judô nesta Olimpíada. Após as eliminações de Sarah Menezes, Érika Miranda, Felipe Kitadai, Vitor Penalber, Tiago Camilo e Maria Portela, ela e Rafaela Silva, ouro categoria até 57kg, evitaram que o prejuízo fosse ainda maior.
Após ter sido derrotada pela francesa Audrey Tcheumeo, na semifinal (2 a 1 nas punições), a brasileira teve pela frente a cubana Yalennis Castillo. Empurrada pela torcida, Mayra controlou bem as ações do combate e acabou derrotando a adversária.
“A medalha olímpica não tem cor. Em 2020, a gente vai se ver de novo porque eu vou para a final”, comentou a atleta, ainda sob a emoção da medalha recém conquistada.
Bastante emocionada, a judoca gaúcha cumprimentou parentes, posou para fotos, ergueu a bandeira brasileira e partiu para os compromissos de praxe: falar com centenas de jornalistas e, em seguida, subir ao pódio para receber a tão esperada medalha.
"Foi um dia muito duro, de muita competição e de quatro lutas duras. Teve também aquele momento da derrota e depois da superação. Saio daqui muito feliz", completou.
Começo arrasador
Mayra Aguiar começou bem o dia, com um ippon aplicado com apenas 39 segundos de luta, contra a australiana Miranda Giambelli. Nas quartas de final, contra Luise Malzhan, a brasileira foi tática, forçou uma punição à adversária e venceu pela vantagem mínima.