Caetano diz que jogo com o América de Cali deveria ter sido em outro país e elogia postura do Galo

Lucas Borges
@lucaslborges91
14/05/2021 às 15:27.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:56
 (Pedro Souza/Atlético)

(Pedro Souza/Atlético)

O diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, manifestou-se nesta sexta-feira (14) sobre os acontecimentos vividos pelo Galo em Barranquilla-COL, no duelo com o América de Cali, na última quinta (13).

Em entrevista à TV Galo, ele afirmou que o duelo deveria ter sido realizado em outro país. “Sem dúvida alguma não é o ambiente desejável para a prática do futebol, longe disso. Entendemos que apesar de ter tido toda a proteção e o cuidado da polícia e dos órgãos responsáveis pelo jogo, certamente o palco ideal para a partida não seria na Colômbia, nem aqui em Barranquilla. Havia outras opções, mas cumprimos determinação da Conmebol. Apesar de todos os incidentes ao redor do estádio, e ficamos sabendo disso sempre pelas imagens, a gente procurou de todas as formas isolar os acontecimentos, principalmente a questão mental dos atletas, para que não houvesse nenhum tipo de interferência no objetivo que era vir aqui vencer”, disse o dirigente.

Enquanto as duas equipes duelavam pela quarta rodada do Grupo H da Copa Libertadores, manifestantes e agentes de segurança pública se enfrentavam nos arredores do estádio Romélio Martínez.

O gás lacrimogênio utilizados pelos agentes para dissipar a multidão foram levados pelo vento até o gramado, fazendo com que os jogadores sentissem os efeitos da substância.

Tal situação fez com que a partida fosse interrompida várias vezes, tendo, inclusive, sua conclusão ameaçada em razão dos episódios.

O jogo originalmente estava marcado para Cali, casa do América, e foi transferido de local pela Conmebol, justamente pelo receio de que os protestos interferissem na realização da partida.

Dentro de campo, o Alvinegro venceu por 3 a 1 e garantiu a classificação às oitavas de final do torneio com duas rodadas de antecipação.  

Postura

Caetano também fez questão de elogiar a postura da delegação atleticana em meio a esse cenário desfavorável. “Todos nós nos sentimos atingidos, pelo gás, pela insegurança do entorno. Mas, acho que toda a delegação, não só atletas, comissão técnica, os funcionários em si representaram bem a instituição e tenho certeza que o torcedor está orgulhoso por todo o comportamento dentro e fora de campo, que o Atlético demonstrou em episódio lamentável, mas que isso sirva de lição para que isso não se repita no futuro”.

Por fim, o dirigente mostrou compreensão em relação aos pleitos do povo colombiano e afirmou que, até então, a única intercorrência da passagem do Galo no país ocorreu durante a partida.  

‘Lamentamos as cenas, os fatos ocorridos. Manifestação realmente legítima do povo colombiano, na qual nós, neste momento, não temos nenhum tipo de participação nisso, mas fomos afetados no que diz respeito ao jogo em si. Porém, logo após o jogo, chegamos em perfeitas condições no retorno ao o hotel e aguardando aqui a nossa decolagem rumo a Belo Horizonte”.

Classificado à próxima fase da Copa Libertadores, o Atlético volta o foco para o Campeonato Mineiro. Neste domingo, o Alvinegro encara o América, às 16h, no Independência, no jogo de ida da decisão do torneio.

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