Calor, poeira e emoção marcam definição dos campeões mineiros de rally

Rodrigo Gini
18/10/2017 às 22:38.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:17
 (Sanderson Pereira/divulgação)

(Sanderson Pereira/divulgação)

Os cinco anos sem disputas no Campeonato Mineiro de Rally de Velocidade (CMR) ficaram para trás tão rápido quanto as máquinas que participam da competição. O sucesso da temporada 2017 foi tamanho que, mal haviam descido dos veículos, cheios de poeira e depois de encarar dois dias de prova sob forte calor em Morada Nova de Minas, às margens do Lago de Furnas, todos já manifestavam ansiedade pelo que virá em 2018.

Em todas as categorias, a certeza de que o evento, além do alto nível técnico e do empenho da organização, mostrou um clima de camaradagem e parceria poucas vezes visto. Isso, lógico, quando a luta contra o cronômetro não estava valendo. O local escolhido para a disputa decisiva: uma fazenda de eucaliptos às margens da cidade, proporcionou, no primeiro dia, um percurso de 29 quilômetros, repetido quatro vezes. No segundo, ele foi reduzido para 21 quilômetros, o que diminuiu também as diferenças entre os competidores.

Pelo caminho, longas retas, muitas curvas de 45 e 90 graus e dezenas de lombadas. Que motos e UTVs encararam com mais coragem, enquanto, para gaiolas, carros e picapes da cross-country, o limite estava na resistência das suspensões.

Com a dupla pontuação, a briga seguia em aberto nas categorias e na classificação geral. E o melhor acabou sendo o paulista Guilherme Cysne, com seu UTV Can-Am X3 XRS, dominando ainda a categoria Pro. O vencedor teve de correr antes do rali para trazer o veículo, que estava no Ceará.

No sábado, ele superou por apenas nove décimos de segundo Bruno Correia de Oliveira, que levou o troféu na Turbo Light 1.000cc. Paulo Feitosa foi o campeão. Luiz Flávio Cabral levou o caneco na 900cc, enquanto André Melo Lima, com um Polaris com as cores do Atlético, time do coração, e o número 13, comemorou na 800cc.

Domínio

Nas motos e nos quadriciclos, Marco Antônio Pereira, de Araxá (que estava próximo do pódio no Rally dos Sertões até que uma quebra na penúltima etapa tirou a chance) e o paulista Richard Amaral, respectivamente, não deram chance aos rivais.

Mesma situação de Lucas Teixeira/Rafael Dias (Sherpa), na cross-country – o piloto superou a irmã Maitê. Entre os carros, domínio de Andrey Ilitis/Emerson Showboy (Palio 16V), à frente de Fábio Sacioto/Haroldo Soares. O melhor do ano entre os autocross foi Gabriel Silva Paiva.

 RÁPIDAS

FIM DE SEMANA DE RODADA DUPLA
NO MARCAS E PILOTOS EM CURVELO

O Circuito dos Cristais recebe, sábado e domingo, a rodada dupla pelo Mineiro de Marcas e Pilotos, válida ainda pela Copa Clássicos (com a participação dos carros da Mini VP) e o lançamento da Copa Jr., para motores de menor cilindrada (1.4) e preparação restrita, com carros Chevrolet. Na categoria A, a principal do Marcas, destaque para a briga pela liderança entre o atual campeão Gustavo Mascarenhas (112 pontos), seguido por Thiago Tambasco (98) e Leandro Freitas (95). Treinos e corridas terão entrada franca.

PILOTOS DO ESTADO FAZEM BONITO

NA COPA BRASIL DE KART

Os mineiros voltaram a fazer bonito em mais uma edição da Copa Brasil de Kart, no Kartódromo Paladino, na Grande João Pessoa (PB). Na F-4 Super Sênior Master (para karts com motores quatro tempos de 400cc), houve até dobradinha, com Roberto Cló campeão e Luiz Pinheiro vice. Gabriel Paturle se destacou na Graduados, superado apenas pelo experiente André Nicastro. Henrique Magioni ficou em terceiro na Cadete, seguido por Luca Neuenschwander. Em 2018, a perspectiva é de ainda mais títulos e pódios para o estado, já que o RBC Racing, em Vespasiano, foi confirmado novamente como sede da competição.

BRASILEIRO DE ENDURO FIM TERMINA

NO RS COM DESTAQUE PARA MINEIROS

Farroupilha, no Rio Grande do Sul, foi o palco da última etapa do Brasileiro de Enduro FIM (velocidade) e consagrou pilotos e equipes mineiras. Correndo pelo time do multicampeão Felipe Zanol, o português Luís Oliveira dominou a classificação geral e a categoria E1 com uma Honda. Rômulo Bottrel, com uma KTM da Orange BH, levou a melhor na E3, a exemplo do companheiro de equipe Pélmio Simões, na Over 45. Título também para Nielsen Bueno, na Over 35. Outro piloto do time de Zanol, Júlio Ferreira, de Caetanópolis, sagrou-se vice na E2, superado apenas pelo capixaba Bruno Crivilin, mais um que defende a Orange BH.

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