Campeão da Libertadores pelo Atlético, ex-lateral Júnior César completa 38 anos nesta quinta

Henrique André
@ohenriqueandre
09/04/2020 às 11:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:14
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Um campeão da Libertadores pelo Atlético faz aniversário nesta quinta-feira (9). Com 71 jogos pelo alvinegro e eternamente na memória da Massa, o ex lateral-esquerdo Júnior César completa 38 anos, guardando belos capítulos no mundo da bola.

Residindo atualmente em Magé, interior do Rio de Janeiro, ele auxilia projetos de escolinhas de futebol, com o intuito de revelar novos talentos para o esporte mais praticado no país.

Em entrevista recente ao Hoje em Dia, Júnior César falou da emoção de ter levantado o caneco mais importante da América do Sul, em 2013, revelou porque não seguiu no Atlético depois daquele ano, falou da relação criada com o torcedor atleticano, comentou a sua não utilização no Mundial de Clubes e afimrou ter se tornado atleticano.

 

Você fez parte da equipe do Atlético campeã da Libertadores em 2013 e entrou para a história do clube. O que mais te marcou daquele ano?

Rapaz, eu posso definir este ano de 2013 como o mais glorioso do Atlético. O clube não tinha um título de expressão desde 1971. Graças a Deus conseguimos alcançar o objetivo que era prioridade do clube. Formamos um grupo com jogadores experientes, mesclando com os jovens, e as coisas caminharam de uma forma positiva que nos premiou com esta conquista surpreendente. Todo atleticano mereceu aquela Libertadores. Pelo Galo você fez 71 jogos.

Gostaria de ter permanecido em 2014? O torcedor até hoje se pergunta por que você não seguiu no clube.

Cara, a minha vontade, o meu desejo, sempre foi estar no Atlético. Até porque o amor que eu tenho pelo clube é muito grande. Foi onde eu tive a oportunidade de conquistar um título que eu perdi no Maracanã, jogando em 2008 pelo Fluminense. Então, o Galo está no meu coração e faz parte da minha vida e da minha família. Naquele momento não dependia só de mim. Eu não tinha motivos para sair. Eu vinha de conquistas. Pessoas da direção do Atlético, como o próprio Cuca, o Kalil e o falecido Maluf, com quem eu formalizei o interesse de ficar, infelizmente resolveram pelo não da minha permanência.

É verdade que foi você quem contou ao grupo do acerto de Cuca com o Shandong? Este foi o motivo da sua saída?

Não! De maneira alguma. Eu costumo dizer que tudo na minha vida aconteceu com transparência. Naquele momento, que a gente estava se preparando para o Mundial, algumas pessoas internamente do clube já sabiam da saída do Cuca. Isso é normal no futebol. Partindo de mim, de forma alguma, até porque eu estava bastante focado. Não cabia a mim, um funcionário do clube, passar uma informação dessa. Com toda transparência e honestidade possível, de maneira alguma isso aconteceu. Isso não tem fundamento algum.

Por que você foi sacado do time no Mundial?

Em relação ao Mundial, que eu não participei efetivamente como titular da posição, foi escolha do Cuca. Ele tinha um pensamento, uma formação para a equipe e eu carrego uma coisa muito comigo, desde o ensinamento dos meus pais: é saber respeitar a vontade dos outros. Embora eu quisesse muito jogar, até por ter atuado o ano todo e participado de forma direita, ele preferiu colocar o Lucas Cândido, que era um menino, muito bom por sinal. Respeitei quem estava acima de mim, embora tenha ficado muito triste, mas faz parte do futebol.

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