(Arquivo Pessoal)
"Correr, correr, correr, este é o nosso ideal". Com esta licença poética ao hino do Atlético, é possível apresentar um personagem que fez história pelo clube em 1983, fora das quatro linhas. Natural de Diamantina, João da Mata de Ataíde, o ex-atleta João da Mata, foi o responsável por dar ao alvinegro o caneco da Corrida Internacional de São Silvestre.
Atualmente com 66 anos e vivendo na zona rural, ele é um dos fundadores da Associação dos produtores de Queijo Minas Artesanal. Contudo, engana-se quem pensa que as corridas ficaram no passado. Diariamente, João percorre cerca de 15 quilômetros; segundo ele, para manter a boa saúde.
"A vitória na Corrida Internacional de São Silvestre, com a camisa do Atlético, foi o feito mais divulgado que consegui na minha trajetória como atleta. Desde o seu início, ela sempre foi uma competição muito difícil. Eu treinava em 83 com o saudoso professor Waldomiro Monteiro, lá no Galo. Ele tinha uma visão de alto rendimento e me preparou para subir ao pódio", relembra ao Hoje em Dia.
"Naquele ano deu tudo certo para nós. A vitória foi surpresa,pois esperávamos apenas chegar ao pódio, não ao topodele. Foi um fato muito emocionante. A recepção, tanto em São Paulo, quanto em Belo Horizonte. A torcida e a diretoria foram nos recepcionar. Foi muito marcante", acrescenta.
Aposentado do trabalho desde 2015, quando atuava como delegado da Polícia Federal, João da Mata se orgulha da história construída desde os anos 70. Casado há quase 50 anos com a Ivone, com quem teve três filhos, curte, no melhor jeito "mineirinho de ser", a pacata vida de "peão" - como ele mesmo diz - no interior.