(AFP)
A conquista do título da Copa Libertadores, assegurada na noite de quarta-feira com a vitória por 1 a 0 sobre o Nacional do Paraguai, em casa, fez o técnico Edgardo Bauza lembrar as dificuldades que o San Lorenzo teve até ser campeão pela primeira vez do torneio continental, recordando a recente luta contra o rebaixamento na Argentina.
"Há dois anos, parecia que esta equipe ia desaparecer, e agora está desfrutando isso", festejou o técnico do San Lorenzo, clube que também enfrentava graves problemas financeiros. "É tempo de festejar, somos os melhores da América", completou.
O título conquistado na noite de quarta-feira é o primeiro da Libertadores do San Lorenzo, mas não de Bauza, que dirigiu a equatoriana LDU na conquista de 2008. Para ele, o maior problema da finalíssima foi a tensão dos seus jogadores diante do Nacional.
"A equipe estava muito imprecisa no primeiro tempo, jogamos muito nervosos, tensos. Nos contagiamos pela torcida", disse Bauza, que viu o San Lorenzo ser dominado pelo Nacional na primeira etapa, mas mesmo assim ficar em vantagem o pênalti convertido por Ortigoza.
Camisa 10 do San Lorenzo, o meia Leandro Romagnoli tem um acordo para defender o Bahia. Ele, porém, deixou a transferência em dúvida ao dizer que gostaria de disputar o Mundial de Clubes, em dezembro, no Marrocos, pelo clube argentino.
"Estou falando com as pessoas do Bahia para ver o que acontece. Mas quero começar a pensar nisso só amanhã", disse. "Nunca havia jogado uma final. E agora, como muitos me disseram, também queria estar no Marrocos", completou.
Dono de 15 títulos argentinos, o San Lorenzo já possuía duas conquistas continentais - venceu a Copa Mercosul em 2001 e a Copa Sul-Americana em 2002 -, mas só agora faturou a Libertadores. Por isso, o fim desse jejum foi muito celebrado pelos torcedores, como a realização de um sonho. " Muitas pessoas deixaram esta vida sem ver o San Lorenzo campeão da Libertadores e por isso é tão emocionante", festejou Romagnoli.
http://www.estadao.com.br