(Fernando Michel)
Quando o atleticano procurar registros dos principais títulos do clube nos últimos anos, um rosto certamente estará entre eles. E mais, possivelmente, levantando a taça. Estamos falando de Réver, eternizado como dos principais jogadores da história do Galo.
Coube ao zagueiro levantar a taça da Copa Libertadores de 2013, conquista essa responsável por encerrar um longo jejum de títulos importantes do Alvinegro.
No ano seguinte, lesões o impediram de ter a mesma sequência como titular dos outros anos. Do banco, viu a dupla Jemerson e Léo Silva ajudar a conduzir o Atlético ao título da Copa do Brasil. Mesmo sem estar no onze inicial, participou da campanha dentro e fora de campo.
O camisa 4, que soma 308 jogos e 30 gols em suas duas passagens pelo Galo, também tem títulos estaduais, em que levantou em 2012, 2013, 2020 e 2021.
Retorno e homenagem
Após passagens por Internacional e Flamengo entre 2015 e 2018, Réver retornou ao Galo em 2019 e escreveu um novo capítulo em sua marcante trajetória com a camisa preto e branca.
Mesmo com o dueto Nathan Silva e Junior Alonso consolidado na defesa atleticana, Réver foi figura muito presente na temporada do Galo.
Na atual edição do Brasileirão, são 22 jogos. O último deles, justamente no triunfo por 4 a 3 sobre o Red Bull Bragantino, neste domingo (5), no Mineirão, pela 37ª rodada da competição. Duelo este, que marcou a entrega da taça de campeão brasileiro ao Galo.
Ausente nos últimos jogos, em razão de uma lesão muscular, o defensor foi acionado nos minutos finais por Cuca, para poder levantar o troféu.
Uma homenagem ao jogador, que, depois de “libertar” o Atlético em 2013, foi o responsável em erguer o objeto que é o sonho de consumo do torcedor do Galo há quase 50 anos.
Em entrevista à TV Globo, o zagueiro confirmou que sua entrada em campo já estava planejada. "A gente tinha meio programado isso, devido à história, por tudo que gera meu nome ao Atlético. Ainda estou recuperando de lesão, não estou 100%. Deu tudo certo, não senti nenhum incomodo. Poder comemorar com essa Massa, que estava esperando há tanto tempo. Hoje a gente consegue fazer essa torcida muito feliz pelo título".
Trio de luxo
Além de Réver, mais dois personagens da história do Atlético levantaram a taça.
Um deles, mais recente, o zagueiro Junior Alonso, responsável por carregar a faixa de capitão quando Réver não está em campo.
O outro pode ser tratado como um patrimônio da história do Atlético: o massoterapeuta Belmiro, único membro da comissão técnica do Galo que é bicampeão brasileiro.
Para coroar o momento, dois ídolos do Alvinegro também fizeram parte da entrega da taça. Primeiro Dadá Maravilha, autor do gol do título em 1971, e que foi o responsável por entregar a taça deste ano, já dentro do gramado, a Réver e Alonso.
Por fim, antes de o troféu ser erguido, Reinaldo, considerado por muitos o maior jogador da história do Atlético, deu um beijo na taça, em uma espécie de redenção, após o título brasileiro ter batido na trave nos seus tempos de jogador.