Capitão dos EUA no polo, brasileiro rejeitou convite para defender a seleção

Estadão Conteúdo
16/07/2015 às 11:27.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:56

Um dos grandes nomes da equipe norte-americana de polo aquático que superou o Brasil na final dos Jogos Pan-Americanos de Toronto nasceu no Rio de Janeiro. E, atualmente, joga no País, pelo Sesi-SP. Trata-se do capitão Tony Azevedo, que após mais de três décadas morando nos Estados Unidos voltou ao Brasil dizendo pensar em desenvolver a modalidade.

Tony é filho de Ricardo Azevedo, que foi jogador de polo aquático e treinador do atual capitão dos EUA. Ele se mudou para a Califórnia ainda bebê e passou a maior parte da vida por lá. Fala português, mas com um sotaque carregado. Há cerca de um ano, foi morar na Vila Madalena após aceitar um convite para jogar no Sesi-SP e trabalhar num projeto de expansão da modalidade.

"A gente vai viajar por muitos lugares, cidades onde o polo aquático não é muito popular, e mostrar que o esporte é muito legal, não é só futebol. Para mim vai ser muito bom se tiver mais mil pessoas jogando polo aquático fora de Rio ou São Paulo", diz o jogador.

Segundo Tony, o projeto proposto pelo Sesi-SP foi o diferencial para que ele aceitasse jogar no Brasil. "Eu queria fazer mais do que jogar por um clube brasileiro", afirma. "E as pessoas estão gostando. Falam que eu tenho um sotaque de gringo incrível, mas estou melhorando meu português e um dia vou falar melhor."

Seleção brasileira

Tony revelou que recebeu um convite da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para atuar pela seleção, mas declinou. Deu a entender que a entidade o procurou tardiamente. "Recebi o convite, mas depois dos três gringos que já estavam lá...", pontuou, referindo-se ao espanhol Adria Delgado, ao italiano Paulo Salemi e ao cubano Ives Alonso.

Ele descartou também mudar de ideia visando a Olimpíada no Rio - algo que seria possível, já que próprio o capitão da seleção brasileira, Felipe Perrone, participou dos Jogos defendendo a Espanha. "Gosto do Rio, mas no polo aquático sou Estados Unidos. Vivi sempre lá, comecei jogando lá. Para eu sair dos Estados Unidos, com todos esses jovens, é impossível."

O capitão da seleção americana, porém, elogiou o atual momento do time brasileiro. "Acho muito legal. Para chegar aqui (final do Pan), e para ganhar da Croácia (Liga Mundial) não é fácil. Eu estou muito feliz que jogamos essa final junto, e agora que vamos para o Mundial em casa acho que não são só Estados Unidos, o Brasil também tem chances de ganhar. Isso é legal, e espero que continue depois da Olimpíada. Esse é meu foco."
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