Carlos César ganha chance como titular para orgulho do pai atleticano

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
28/06/2015 às 07:36.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:40
 (Bruno Cantini/Divulgação)

(Bruno Cantini/Divulgação)

Uma hora antes de os sinos da Paróquia São Geraldo Magela badalarem marcando meio-dia, José Almeida estará diante da TV em Uberaba, no Triângulo Mineiro, para ver o filho vestindo o manto preto e branco que ele aprendeu a venerar durante toda a vida.   Pai de Carlos César, o aposentado de 67 anos terá uma rara chance de acompanhar, mesmo de longe, o lateral-direito em ação com a camisa do Atlético. O jogador fará apenas a sua terceira partida como titular em 2015, diante do Joinville, às 11h de hoje.   A diretoria alvinegra solicitou a reintegração do atleta de 28 anos neste ano, porém para ser somente a terceira opção do elenco na posição. Para calçar as chuteiras, era necessário “torcer” para que o titular Marcos Rocha e o suplente Patric ficassem indisponíveis para o técnico Levir Culpi.   Desde o retorno ao Galo, Carlos César entrou em campo nos clássicos do Campeonato Estadual contra América e Cruzeiro. Desta vez, os gritos serão de incentivo, pois o Atlético é o mandante da partida.   “As oportunidades vão aparecer, como o Levir dá a entender a todos que não estão jogando. Sigo neste caminho esperando a minha chance. Quero aproveitar o espaço da melhor forma possível. É uma responsabilidade grande, diante de uma torcida gigante, e espero ganhar a confiança de todos”, disse o jogador.     EMOÇÃO   Carlos César chorou ao lado do pai na conquista da Libertadores de 2013, nas cadeiras do Mineirão. Ele fazia parte do grupo campeão, mas não estava relacionado para a final diante do Olimpia-PAR por conta de uma lesão. Novamente no Gigante da Pampulha, o lateral terá a chance de dobrar a alegria de Seu José, ajudando a vencer o vice-lanterna e ainda colocar o Galo de vez na briga pela liderança da competição.   “Meu pai é atleticano, mas nunca me viu jogar aqui em Belo Horizonte, só uma vez em Uberaba. Esteve no Mineirão comigo, mas para torcer na final da Libertadores”, contou, em conversa com a reportagem na Cidade do Galo.     Rivalidade O lateral nasceu em Uberaba. Mas foi em Criciúma (SC) que passou nos testes para iniciar a carreira como profissional. Por isso, uma vitória diante do Joinville terá um gosto ainda mais especial, considerando a antiga rivalidade em Santa Catarina.   Carlos César chegou ao Galo em 2011 em meio à luta contra o rebaixamento. Foi titular, mas depois perdeu a vaga para Marcos Rocha, até virar o “Plano C” na equipe mineira. Porém, ele não se sente insatisfeito com as poucas chances de entrar em campo.   “Insatisfação não é uma palavra que cabe a mim. Estou sempre em busca do meu melhor, jogando ou não. O que tiver que acontecer durante a minha caminhada vai acontecer na hora certa. Procuro manter a cabeça no lugar, mas também não satisfeito, para não ficar acomodado”, conclui.

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