(CARLOS RHIENCK/Arquivo HD)
Da suspeita de marmelada no primeiro jogo à catimba na segunda partida, os dois clássicos das finais do Campeonato Mineiro de 1987 ficaram marcados como os mais tumultuados da história do confronto no Mineirão. O Cruzeiro saiu vencedor na bola e na guerra de nervos. Com um gol decisivo, o jovem atacante Careca começou a se destacar como o mais novo ídolo estrelado da década de 80.
O título estadual de 1987 foi decidido pelos vencedores do primeiro turno, o Atlético, e do segundo, o Cruzeiro, em duas partidas. Como nenhuma das equipes entrou com vantagem nas finais, a suspeita de uma marmelada entre os rivais afugentou a torcida do primeiro clássico. Muitos acreditavam que os times não pretendiam definir o título logo no primeiro jogo, para que a renda fosse maior na segunda partida.
O empate sem gols e o futebol pífio apresentado pelos rivais no duelo inicial, em 29 de julho, somente contribuiu para aumentar as suspeitas. Como o título deveria sair de qualquer jeito na segunda partida, em 2 de agosto, o Mineirão recebeu o dobro de torcedores para acompanhar o desfecho do campeonato.
As equipes repetiram o futebol ruim da primeira partida até os 40 minutos do primeiro tempo, quando o lateral-esquerdo alvinegro João Luís acertou uma pancada no atacante estrelado Vanderley, que foi para o intervalo com a perna fraturada. O lance mudou os rumos do clássico.