CBF analisa arbitragem e elogia marca de 90% de impedimentos corretos em 2015

Estadão Conteúdo
15/01/2016 às 18:33.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:02

A arbitragem causou bastante polêmica no Campeonato Brasileiro do ano passado. Erros crassos e diversos lances duvidosos marcaram a competição, mas a CBF foi na contramão dos clubes, da imprensa e dos torcedores e preferiu exaltar a atuação de seus juízes. Ao menos foi o que fez no Relatório Anual de Dados da Comissão de Arbitragem, divulgado nesta sexta-feira.

O documento analisou 1.720 partidas de 13 competições diferentes: Campeonato Brasileiro das séries A, B, C e D, Feminino e Sub-20; Copa do Brasil Masculina, Feminina, Sub-20 e Sub-17; Copa do Nordeste; Copa Verde; e Copa de Seleções Estaduais Sub-20.

Mas, como não poderia deixar de ser, a prioridade foi o Brasileirão. E segundo a entidade, na competição a arbitragem foi bem, pelo menos no que diz respeito aos impedimentos marcados. De acordo com a CBF, nos 380 jogos foram assinaladas 1.541 posições irregulares, com 90,2% de acerto.

O relatório garante que 1.390 lances, sendo 1.078 fáceis e 312 difíceis, foram assinalados corretamente na Série A. Outros 151 impedimentos, 52 fáceis e 99 difíceis, foram marcados equivocadamente. A CBF explicou que houve evolução na eficiência, já que em 2013 a taxa de acerto foi de 81% e em 2014, 84%.

A CBF também exaltou outro ponto da arbitragem: o número de faltas marcadas. De acordo com o documento, o Campeonato Brasileiro de 2015 teve a menor média de infrações por partida desde 1998, com 28,65. Diante das principais ligas do mundo, no entanto, a competição ainda fica a desejar, terminando com a terceira pior média, atrás das 30,73 faltas por jogo da Itália e das 29,71 da Alemanha.

Em relação a 2014, foram cometidas 3,85 faltas a menos por partida, o que resultou em mais tempo de bola rolando por jogo. Foram 58 partidas com mais de 60 minutos de bola em jogo, contra 27 em 2014. São Paulo, Cruzeiro e Corinthians foram os times que mais deixaram a partida fluir.

O relatório também tocou em outro ponto polêmico do último Brasileirão, os cartões por reclamação. Em relação a 2014, houve um grande aumento de cartões amarelos (de 1.645 para 1.824) e vermelhos (82 para 109). Destes amarelos, 337 foram por reclamação, contra 184 do ano retrasado.
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