Ceni vê saída de Osorio como 'questão de tempo' e elogia Milton Cruz

Folhapress
05/10/2015 às 14:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:57
 (Rubens Chiri)

(Rubens Chiri)

O goleiro Rogério Ceni, 42, já vê como iminente a saída do técnico Juan Carlos Osorio do São Paulo. "Eu torço para que ele permaneça até dezembro. O acerto dele com a seleção mexicana deve ser coisa de tempo. Mas torço para que ele consiga permanecer mais tempo conosco", disse Ceni.

Osorio tem uma proposta para comandar a seleção mexicana nas eliminatórias na Copa do Mundo-2018. No sábado (3), ele prometeu anunciar a decisão na próxima quarta-feira (7). Para o goleiro, porém, o coordenador técnico Milton Cruz está capacitado para assumir a vaga de Osorio, caso o colombiano saia mesmo do clube.

"Todo trabalho que é interrompido deixa o time numa situação difícil para suprir a ausência, principalmente quando quem sai é um grande profissional. Mas vejo pelo lado positivo. Temos o Miton Cruz, que está todos os dias no CT, e pode tocar o projeto", disse Ceni.

O goleiro ainda elogiou o trabalho de Osorio, que tem pouco mais de quatro meses desde que chegou ao São Paulo e colocou o time na semifinal da Copa do Brasil e na quinta posição no Campeonato Brasileiro, com a mesma pontuação do Santos, quarto colocado.


"As duas principais características dele são o trabalho diário, com diversidade de treinamentos, uma visão tática. E, mesmo com a dificuldade do idioma, ele consegue motivar bastante o time, consegue se fazer entender. Tem uma influência motivacional na equipe", disse.

De folga do São Paulo nesta segunda (5), Rogério Ceni estava na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, onde participou de um lançamento de relógios com o nome dele. São 131 relógios, uma alusão ao número de gols que o goleiro fez. No evento, ele falou da aposentadoria.

"Está chegando a hora de sair de cena, de ocupar outro espaço. Vou pensar em algo diferente para fazer em 2016. Não tem talvez. Dezembro eu me retiro dos gramados", disse.

O goleiro tricolor afirmou ainda que não conversou com a diretoria sobre como pode continuar ligado ao São Paulo após a aposentadoria. Disse não ter chamado para conversar não o mágoa.

"Ofereceram uma renovação de cinco anos", disse, aos risos, brincando. "Não [ofereceram nada], e não tem obrigação de oferecer nada. Sou muito grato a instituição. Não há ressentimento".
 

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