(Bruno Haddad/Cruzeiro)
A entrevista do atacante Fred após a eliminação para o River Plate, da Argentina, nas oitavas de final da Copa Libertadores, na última terça-feira, no Mineirão, levantou um questionamento: por que os centroavantes do Cruzeiro não fazem muitos gols sob o comando do técnico Mano Menezes?
Para o camisa 9, que virou reserva da equipe, o estilo de jogo do treinador impede que os atacantes de referência tenham sucesso. “Lógico que a gente fica triste por sair do time, mas a gente entende que é uma característica do Mano, de marcar bem lá atrás para depois sair no contra-ataque e eu não encaixo nessas características dele. Quando precisar, vou tentar acertar o meu melhor”, destacou Fred.
No Cruzeiro desde julho de 2016, Mano Menezes já utilizou vários centroavantes, mas nenhum conseguiu ter sequência de sucesso no time titular, principalmente em competições nacionais e internacionais. Ábila, Sassá, Barcos, Raniel e Fred foram alguns nomes que jogaram com Mano como centroavante sem profusão de gols.
Nos últimos jogos da Libertadores e da Copa do Brasil, Mano escalou Pedro Rocha como “falso 9”. Situação que se repetiu em outras temporadas com Willian, Rafael Sóbis, Arrascaeta e Thiago Neves.
Com centroavante ou não, o fato é que o Cruzeiro convive com a escassez de gols e está há seis jogos sem balançar a rede adversária. No Brasileirão, por exemplo, o time celeste marcou apenas nove vezes e tem o terceiro pior ataque da competição, sendo melhor apenas que Avaí e CSA, os dois últimos colocados.
Jejum do camisa 9
Fred começou a temporada em alta, sendo, inclusive, o artilheiro do Campeonato Mineiro com 12 gols. Mas a média do atacante caiu drasticamente nos últimos três meses. O camisa 9 convive com um jejum e não balança as redes adversárias há 14 partidas.
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