

A Seleção Brasileira Masculina de Vôlei conheceu os primeiros rivais no caminho da busca pelo tricampeonato olímpico no Rio de Janeiro. Itália, Estados Unidos, Canadá, França e México serão os adversários do time dirigido pelo técnico Bernardinho, no Grupo A. Na outra chave, estão Polônia, Rússia, Argentina, Irã, Cuba e Egito.
O “Grupo da Morte” foi formado graças ao sistema de formatação das chaves, baseado no ranking mundial. Donos da casa, os brasileiros ocupam atualmente o primeiro lugar na lista, por isso foram os cabeças-de-chave do Grupo A.
Consequentemente, a Polônia (2ª do ranking) foi para o Grupo B. Pelo método “serpentina”, a Rússia (3ª) se juntou aos europeus, enquanto Itália (4ª) e EUA (5ª) caíram na chave do Brasil.
“São quatro equipes (Brasil, Itália, Estados Unidos e França) que estão acostumadas a brigar pelos principais títulos, por isso, também estão acostumadas a nos enfrentar. Assim como nós, eles também possuem totais condições de brigar pelo ouro olímpico”, avalia o central Éder.
Apesar disso, o jogador acredita que começar a disputa em um grupo mais forte pode até ser positivo, pois, caso a seleção consiga se classificar com uma das duas primeiras vagas, o cruzamento ficaria mais “fácil” no mata-mata.
“Quem sair na frente e terminar na primeira ou segunda colocação irá fortalecido para as quartas de final. O outro grupo também tem suas potências, mas apenas duas (Rússia e Polônia), enquanto temos quatro times fortíssimos”, avalia o jogador, já traçando metas para os duelos.
“Temos que garantir os pontos contra Canadá e México, de preferência vencendo por 3 a 0, para depois tentar terminar entre os dois primeiros”, diz.
Retrospecto ruim
O fato de jogar em casa não pode ser considerado uma vantagem para a seleção. Nas três vezes que disputou torneios de primeira linha como país-sede, o Brasil não conseguiu o título.
Em 2002, perdeu a final para a Rússia. Já em 2008 e 2015, terminou respectivamente em 4º e 5º lugar, e, coincidentemente, os títulos foram conquistados por Estados Unidos e França, que estarão ao lado do Brasil nos Jogos do Rio.
“Infelizmente, caímos em um grupo forte, junto com três das melhores equipes na atualidade. Ou seja, será uma ‘guerra’ a cada jogo. Por outro lado, as seleções classificadas irão para a outra fase fortalecidas. A única certeza é que serão grandes jogos”, afirma o ponteiro Lucarelli.
“Está parecido com a nossa chave de 2012, com Estados Unidos, Rússia, Sérvia e Alemanha. É um grupo muito difícil, e isso garante que serão bons jogos. Só aumenta a nossa carga de trabalho para chegarmos lá no nosso melhor”, conclui o oposto Wallace.