Clássico de momentos opostos pela Copa do Brasil. Quem leva a melhor no duelo mineiro?

Rodrigo Gini
10/07/2019 às 20:46.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:29
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro e Bruno Cantini/Atlético)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro e Bruno Cantini/Atlético)

De um lado, uma equipe em crise fora de campo, sob o impacto das investigações da Polícia Civil sobre eventuais irregularidades administrativas de seus dirigentes. E que, nos gramados, vem de uma sequência de nove jogos sem vitória, ainda que técnico e jogadores desmintam qualquer relação com o ambiente conturbado. Para completar, três jogadores saíram e um dos principais reforços (o meia Rodriguinho) terá de ser submetido a cirurgia.

Do outro, um time que repetiu o filme do ano passado apostando em um interino que assumiu num momento delicado (as finais do Mineiro); viu algumas de suas peças criticadas crescerem e conseguiu digerir a eliminação na primeira fase da Libertadores, além de ganhar reforços e opções.

Não fossem as duas equipes Cruzeiro e Atlético, e ficaria claro para qualquer um quem estaria em melhor momento para uma partida pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Mas a história quase centenária do clássico é repleta de exemplos de favoritismo teórico derrubado na hora em que a bola rola; vitórias surpreendentes e atuações capazes de desmentir qualquer lógica; que, no futebol, aliás, é fato raro.

Por isso mesmo, a torcida celeste promete comparecer em peso ao Mineirão hoje, às 20h, quando será maioria no jogo de ida. E tanto os atletas quanto o técnico Mano Menezes prometem não só deixar em segundo plano o que acontece nos bastidores, como também recuperar o futebol do primeiro trimestre, que valeu o título mineiro e a segunda melhor campanha na Libertadores.

Peças-chave para o bom desempenho do conjunto estrelado, Robinho e Thiago Neves prometeram uma postura à altura de um confronto que vale o sonho do hepta (tri consecutivo), mas também um cheque de R$ 3,6 milhões, que pode chegar a R$ 61,8 milhões em caso de novo título.

O primeiro, aliás, reconheceu a necessidade de voltar a mostrar sua versatilidade e poder ofensivo, que andaram sumidos na sequência antes da pausa para a Copa América. Assim como uma defesa que começou o ano elogiada e hoje é a mais vazada do Brasileiro, com 16 gols sofridos, ao lado da do Fluminense.
Fiel às convicções, Mano prefere apostar em Ariel Cabral como segundo volante, com Lucas Romero (cuja saída é cogitada, com propostas do futebol argentino) mantido na lateral-direita. E Marquinhos Gabriel deve ser o escolhido para jogar à frente, ao lado de Fred. Sem o gol qualificado, uma vitória em seus domínios se torna ainda mais importante para a Raposa.

Tranquilidade

Pelo lado alvinegro, tranquilidade é a palavra de ordem. A começar pelo comandante, que deixou o time na sexta posição do Brasileiro ainda como interino e voltou da parada efetivado.

O retorno do venezuelano Otero; as chegadas do lateral esquerdo uruguaio Hernández e do volante paraguaio Martínez ampliaram o leque de opções para um grupo até então limitado neste aspecto. E o crescimento do futebol de Patric, Chará e Alerrandro trouxe otimismo e confiança ao torcedor, que certamente vai lotar o Independência na próxima quarta.

Quem leva a melhor no clássico? A resposta com o deuses do futebol ao longo dos 180 (ou mais) minutos das duas partidas.

CRUZEIRO x ATLÉTICO

Copa do Brasil (quartas de final, jogo de ida)

Cruzeiro

Fábio; Lucas Romero, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Ariel Cabral, Robinho e Thiago Neves; Marquinhos Gabriel (Pedro Rocha) e Fred
Técnico: Mano Menezes

Atlético

Victor; Patric, Réver, Igor Rabelo e Fábio Santos; Zé Welison, Elias, Cazares e Chará; Luan e Alerrandro
Técnico: Rodrigo Santana

Estádio: Mineirão

Horário: 20h

Arbitragem:  Raphael Claus, auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse e Danilo Simon Manis, todos de São Paulo. VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)

TV: Premiere

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