Clássico dos 7 erros tem pênalti inexistente, pulos na área, lateral perdoado e homenagem 'infeliz'

Alexandre Simões
@oalexsimoes
03/12/2020 às 12:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:12
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Bruno Haddad/Cruzeiro

Matheus Pereira cometeu muitas faltas após receber o cartão amarelo ainda aos 24 minutos do primeiro tempo, mas não foi expulso pelo árbitro Dewson Freitas, que teve atuação desastrosa no Independência

A vitória do Cruzeiro sobre o América por 2 a 1, na última quarta-feira (3), no Independência, pela 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro foi o verdadeiro Jogo dos Sete Erros. No final das contas, a Raposa levou a melhor, muito por causa da atuação do personagem principal dessa história, o árbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva, que prejudicou o Coelho em dois lances importantes logo no início do confronto, provocando interferência no resultado.

1 – No primeiro minuto de jogo, num lance na área cruzeirense, a bola bate na mão do volante Adriano, que tinha o braço acima do ombro. Pela recomendação da CBF, pênalti, que não foi marcado pelo árbitro.

2 – Aos 14 minutos, Willian Potker é lançado na área do América, toca a bola e força o contato com Messias, que segura o movimento para não fazer a falta no atacante cruzeirense, que mesmo assim caí e induz o árbitro ao erro. Pênalti inexistente marcado para o Cruzeiro, que faz 1 a 0.

3 – É sem dúvida complicado num clássico, com 15 minutos, ter o time prejudicado em dois lances capitais. Mas a reação do técnico Lisca, talvez também influenciada pelos erros de arbitragem em série que o América teve contra nas últimas rodadas, prejudicou a ele e ao clube, pois agora cumprirá dois jogos de suspensão. Além disso, deixou de cumprir a regra, o que pode piorar sua situação num julgamento no STJD.Mourão Panda/AméricaLisca foi expulso pelo árbitro logo no início do clássico e deixou de cumprir o que diz a regra em relação aos profissionais excluídos do jogo, o que pode piorar sua situação no STJD

4 – A ação de Potker no pênalti para o Cruzeiro levou os jogadores do América a tentarem um pênalti no mesmo modelo a todo custo no primeiro tempo. E em toda oportunidade, alguém pulava na área cruzeirense, talvez na esperança de que Dewson errasse de novo numa marcação.

5 – Aos 24 minutos do primeiro tempo, o lateral-esquerdo Matheus Pereira, do Cruzeiro, recebeu o cartão amarelo. Depois disso, cometeu uma série de faltas, principalmente no segundo tempo, sem receber o segundo amarelo, que significaria a expulsão, pelo conjunto da obra.

6 – Após o clássico, quando a arbitragem se dirigia ao vestiário, um dirigente do América partiu de forma violenta para cima principalmente de Dewson Freitas, fazendo inclusive ameaças ao árbitro.É uma atitude que pode prejudicar o clube no STJD.Reprodução/TwitterApós o clássico, o deputado Léo Portela seguiu com seus ataques à diretoria cruzeirense, que ele integrava até outubro

7 – A entrevista de Luiz Felipe Scolari foi a chamada cereja do bolo de um clássico marcado por erros. Após a derrota para o Confiança, na última sexta-feira (27), no Mineirão, ele questionou a arbitragem do paraense Andrey da Silva E Silva, que não prejudicou o Cruzeiro. Após a vitória sobre o América, o paraense Dewson Freitas, que cometeu erros graves no jogo, e a favor do seu time, foi perdoado por Felipão.
Mas não se limitou a isso a coletiva do treinador cruzeirense. Ele ainda dedicou a vitória, conquistada com influência da arbitragem, a Benecy Queiroz, que na última terça-feira (1) teve o nome envolvido pelo deputado estadual Léo Portela num caso de desvio de material na Toca da Raposa II. Não existem provas sobre a denúncia, segundo o Cruzeiro.
Na última quarta-feira, o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, disse em entrevista à Rádio 98, que o único erro grave de Benecy, e que ele pagou por isso na Justiça Desportiva, foi ter falado, numa entrevista à Rede Minas, em janeiro de 2016, que tentou comprar um árbitro. Faltou sensibilidade a Felipão. Não pela homenagem, mas pelo contexto.Bruno Haddad/CruzeiroApós o clássico, Felipão não falou de arbitragem, que tinha sido tema após a derrota para o Confiança, e dedicou a vitoria sobre o América ao ex-supervisor Benecy Queiroz, que em 2016 disse que tentou "comprar" um árbitro

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