Na rua Ismênia Tunes, acesso dos sócio-torcedores "GNV Preto", do Atlético, ao Independência, o preto se misturou com o verde. Na rua com aclive, um casal palmeirense caminhava em marcha lenta, mas um pouco mais acelerado que pai e filho atleticano. Logo depois, foi a vez de uma das frentes da Mancha Alviverde, maior organizada do Porco, encarar o morro. Um convívio pacífico de torcidas "irmãs".

Para o duelo desta 33ª rodada no Campeonato Brasileiro, fundamental para ambos, o clima das torcidas fora do estádio foi marcado pela amizade. Palmeiras e Atlético se unem na parceria entre as principais Torcidas Organizadas dos respectivos clubes. Acontece isso também quando Grêmio e Vasco visitam o Horto. E totalmente o oposto quando é Flamengo x Atlético, Atlético-PR x Atlético, Sport x Atlético. Tanto que tais confrontos já figuraram numa "lista negra" da PM no Independência, jamais posta em prática. 

Por falar em Galoucura, a maior T.O. do Atlético, foi preparado um bandeirão com o formato da camisa da torcida no setor Especial Minas, onde eles ficam. Já os Palmeirenses vieram em bom número a Belo Horizonte, na expectativa de se aproximar ainda mais do título. Garantidos na Libertadores de 2019, eles encaram um time desesperado para proteger a vaga no G-6. No sábado, Galo deixou a zona de classificação ao torneio continental por conta da vitória do Atlético-PR diante do Cruzeiro, no Paraná. Neste domingo, um empate pode servir ao Atlético, desde que o Santos (oitavo colocado) não vença a Chapecoense em casa, nesta segunda-feira.

Por falar em Libertadores, a torcida do Palmeiras só não gostou muito de ver um torcedor ao celular com a camisa do Boca Juniors. É dia de final da Libertadores entre os xeneizes e o arquirrival River Plate, em jogo adiado na Bombonera. O Boca foi responsável por eliminar o Verdão nas semifinais, depois de despachar o rival do Atlético, Cruzeiro, na fase anterior. 

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