Clubes da segunda divisão migram para outras cidades por falta de laudo ou estádio próprio

Henrique André e Alexandre Simões - Hoje em Dia
24/08/2015 às 08:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:28
 (Editoria de arte)

(Editoria de arte)

A falta de estádios e a dificuldade para conseguir os laudos de segurança exigido pela Federação Mineira de Futebol (FMF), que se baseia no Estatuto do Torcedor, são os principais motivos para um fenômeno que chama a atenção na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro: dos 15 clubes que disputam a competição, sete mandam seus jogos em outras cidades.

A lista conta com Betinense, Siderúrgica, União Luziense, Arsenal, Coimbra, Ponte Nova e Ituiutabano.

Arsenal e União Luziense, por exemplo, tiveram que deixar Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e escolheram a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, para exercer o mando de campo.

Endividados e na grande maioria sem patrocinadores, os clubes precisam encontrar maneiras de bancar os deslocamentos, alimentação e outros gastos.

Com uma folha salarial de R$ 30 mil, em média, os dirigentes rebolam para driblar as adversidades. Fazer rifas e dar aos jogadores a responsabilidade de vender ingressos são algumas das saídas encontradas. “Disputamos por amor ao esporte e para ajudar os jovens que sonham com um futuro no futebol. Porém, só temos prejuízos”, conta Osias Campos, presidente do Arsenal.

Nos casos de Ponte Nova e Ituiutabano, a solução foi mudar de cidade e contar com o apoio das prefeituras de Rio Doce e Frutal, respectivamente.

Exceções à regra

Indo na contramão dos adversários, Betinense e Coimbra, melhor estruturados, resistem mais aos impactos financeiros da Segundona.

O primeiro, registrado em Betim, manda seus jogos na Arena do Calçado, em Nova Serrana. Porém, com boas perspectivas, espera ter um estádio próprio em 2016.

“Estamos com o projeto de um estádio para 15 mil pessoas que deverá estar pronto no final do ano”, revela o presidente Júnior Andrade. “Uma construtora que quer investir na cidade irá bancá-lo”, garante.

Já o Coimbra, com sede na capital e gerido por um grupo de empresários, escolheu o Triângulo Mineiro para se instalar.

Em uma parceria com o Uberlândia, tem parte das despesas com alojamento e alimentação bancadas pelo Periquito.

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