
A derrota inesperada do São Caetano para o Paraná, por 2 a 1, no último sábado, em Curitiba, renovou as esperanças do América na luta por uma vaga no pelotão de frente da Série B do Campeonato Brasileiro e o acesso à elite do futebol nacional. Devido ao tropeço do Azulão, que ocupa a quarta colocação, a distância para o G-4 continua de nove pontos. O discurso no Coelho é de que nada está perdido, mas é necessário união e vontade para reverter a situação.
O volante Leandro Ferreira dá a receita para a reação da equipe e cita o desempenho próprio América, nas primeiras rodadas, quando chegou a liderar a competição, como inspiração para o grupo. “Da mesma forma que fizemos no começo da Série B, temos que ir com o mesmo intuito para os últimos jogos”, diz.
Como a maioria do elenco, o jogador não sabe explicar a queda de rendimento do América. O time ficou no G-4 até a 14ª rodada, mas teve uma sequência de maus resultados, que podem ter comprometido o acesso a Série A. Além das derrotas, atletas são acusados por torcedores de frequentar pagodes em vésperas de treinos.
“Tenho certeza de que ninguém gosta de estar nesta situação. Dizer o que houve é complicado. Ninguém sabe exatamente. Houve muitas contusões, o que atrapalha bastante. O resto é de cada um. Ninguém entra querendo perder. Perdemos jogos que não poderíamos perder”, lamenta o volante.
Para Leandro Ferreira, desculpas como a falta de tempo para treinar não são mais aceitáveis, e o time precisa encarar cada jogo como uma decisão, para conseguir retornar ao G-4. O acesso deve se transformar num objetivo pessoal de cada um, alega o volante.
“Daqui para frente, é engolir quem tiver que engolir”, diz o volante. “É tirar força de onde não tem e olhar o objetivo de cada um. Se não conseguirmos subir, todo mundo se prejudica. Cada jogo agora é decisivo, e não podemos mais vacilar”.