Coincidências: há exatos 16 anos, Guilherme se despedia do Atlético em jogo contra o Furacão

Henrique André
15/08/2019 às 16:16.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:00
 (Galo Digital)

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Amanhã, o Atlético comandado pelo técnico Rodrigo Santana terá, a partir das 19h, o desafio de encarar o xará paranense, na Arena da Baixada, em Curitiba. Na busca pela terceira posição do Campeonato Brasileiro, o alvinegro terá pela frente um adversário que marcou a história de um ex-artilheiro há exatos 16 anos.

Sétimo maior goleador do clube mineiro, com 139 gols anotados em 205 partidas, Guilherme de Cássio Alves encerrou sua passagem pelo Galo justamente num duelo contra o Furacão; porém, em Belo Horizonte. Naquela ocasião, em confronto válido também pelo Campeonato Brasileiro, os paranaenses levaram a melhor e venceram por 2 a 1 em pleno Mineirão. Alex Mineiro fez os dois para os visitantes e o já falecido Alex Alves deixou o dele para os donos da casa.

Atualmente com 45 anos, Guilherme tenta, como treinador, ter o mesmo sucesso de outrora, quando calçava as chuteiras para estufar a rede. Em entrevista ao Hoje em Dia, concedida há um ano, o ex-centroavante foi questionado se tinha alguma dívida a receber do Atlético. Na resposta, afirmou não ter coragem de acionar o clube no qual fez história de 1999 a 2003.

"Eu sempre facilitei tudo para o Atlético. Até porque não poderia ser mal-agradecido com o clube. Não tive nenhum problema, não coloquei na Justiça e jamais colocaria o Galo na Justiça", disse como personagem da seção Papo em Dia.Cristiano Machado/Hoje Em Dia/Arquivo 

 Cruzeiro

Apesar de toda história construída com a camisa do Atlético, Guilherme caiu no desgosto de muitos torcedores, antes fãs incondicionais, por ter defendido o Cruzeiro, em 2004. No primeiro clássico, para piorar a imagem, correu em direção à principal torcida da Raposa e, sob o uniforme, exibiu a camisa da organizada, além feito gesto pedido silência aos atleticanos ; o fato gerou revolta e decepção no, naquele momento, rival.

"Na época, fui numa situação de profissional. Estava voltando da Arábia, num momento difícil. Foi no ano em que os Estados Unidos invadiram o Iraque, e a Arábia era aliada a eles. Então começamos a ter problemas de bombas por lá, lembro do condomínio onde o Marcelinho morava. Então pedi à Fifa para ir embora. Chegando no Brasil, me ligaram e eu aceitei. Isso é profissionalismo", explicou Guilherme.

"Você sabe por que eu joguei no Cruzeiro? Porque em todo tempo que eu estive no Atlético eu nunca fiz piada do Cruzeiro, e nem quando estava no Cruzeiro eu fiz piada do Atlético. A partir do momento que você respeita e entende que é somente um rival dentro de campo e que fora é preciso respeitar a instituição, vê que não é inimigo. Estamos vivendo um momento de intolerância, então é preciso tomar cuidado e entender que é somente um rival", finalizou.

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