No dia em que os presidentes oficializaram o ensejo em ter, a partir de 2019, clássicos com torcida dividida novamente no Mineirão, após muita polêmica na prévia do confronto com problemas em entregas de ingressos, discussão sobre instrumentos e bandeiras para a torcida visitante, Cruzeiro e Atlético se enfrentaram no Gigante da Pampulha em um jogo de opostos na 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Enquanto o técnico Thiago Larghi escalou um Alvinegro com sua força máxima de olho em uma escalada na tabela do Brasileiro, Mano Menezes apostou em uma equipe celeste totalmente alternativa por causa do duelo com o Boca Juniors-ARG na próxima quarta-feira (19). 

Com desejos diferentes e escalações totalmente antagônicas, Igualdade mesmo no clássico apenas no placar, que terminou empatado em 0 a 0 após os 90 minutos. 

A próxima partida do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro está marcada para o domingo, às 19h, contra o Santos, também no Mineirão. Já o Atlético enfrenta o Flamengo, às 16h, no Maracanã. 

O Jogo

Esvaziado por parte do Cruzeiro, o clássico ficou em segundo plano, já que na  próxima quarta-feira (19) a Raposa enfrenta o Boca Juniors, no estádio La Bombonera, na Argentina, no jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores. Já o Atlético foca suas atenções apenas no Brasileirão e tentava subir mais na tabela de classificação para seguir no encalço dos líderes. 

Muito truncado, o jogo, apesar da grandeza e importância, foi mais "pegado" do que propriamente técnico. Os primeiros 45 minutos foram marcados por uma finalização perigosa para cada lado e só, o que foi pouco para quem tentava marcar gols. 

A etapa inicial teve bastante confronto entre os jogadores pela forte marcação e a arbitragem precisou trabalhar para conter os nervos acirrados. 

"Clássico é jogo bom. Vão ter chances para os dois lados. Tenho certeza que o Mano vai ajustar algumas coisas para buscarmos a vitória", disse o goleiro Rafael na saída para o intervalo. 

Já o atleticano Luan lamentou o gol perdido aos 45 minutos do primeiro tempo. "Não acreditei que a bola ia passar (no lance do gol perdido). Quando passou, tentei o movimento, mas pegou no ombro. Eles deram sorte. O negócio é ter tranquilidade e não dar espaço para eles, porque tiveram algumas chances também", comentou.

O segundo  tempo melhorou, principalmente depois das mudanças dos treinadores. Mano Menezes apostou, principalmente, na entrada de Thiago Neves e Sassá. Já Thiago Larghi em Galdezani e Edinho. 

O jogo melhorou em qualidade, o Cruzeiro conseguiu segurar mais a bola e assustar mais o goleito Victor. Aos 3 minutos, Marcelo Hermes recebeu na esquerda, avançou e chutou de longe, obrigando Victor a fazer excelente defesa. 

O Atlético respondeu aos 8 minutos em um chute forte e rasteiro de Cazares, que passou tirando tinta da trave do goleiro Rafael.
Mesmo com os reservas, o Cruzeiro armou uma arapuca e não deixou o Atlético jogar, segunrando o rival, que ainda sofreu no fim do segundo tempo. Aos 42 minutos, em uma confusão dentro da área atleticana, o zagueiro cruzeirense Murilo acertou um chute à queima-roupa, defendido por Victor.

CRUZEIRO 0 X 0 ATLÉTICO

Motivo: 25ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: 16 de setembro de 2018

Árbitro: Rafael Traci (CBF/PR)
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (CBF/PR) e Rafael Trombeta (CBF/PR)

CRUZEIRO - Rafael; Ezequiel, Manoel, Murilo e Marcelo Hermes; Lucas Romero e Ariel Cabral; Bruno Silva, Mancuello (Rafael Sobis) e David (Thiago Neves); Raniel (Sassá). Técnico: Mano Menezes

ATLÉTICO - Victor; Emerson, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; Adilson (Matheus Galdezani), Elias e Cazares; Luan (Edinho), Yimmi Chará (Davi Terans) e Ricardo Oliveira; Técnico: Thiago Larghi

Cartões amarelos: Lucas Romero, aos 11’ do 1ºT, Ariel Cabral, aos 28’, e Ezequiel, aos 35’ do 2ºT (CRU); Adilson, aos 10’ do 1ºT (ATL)

Público presente: 24.999 torcedores
Público pagante: 21.795 torcedores
Renda: R$ 1.034.712,00

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