Com aumento do número de eleitores, brasileiros votam na Embaixada da Argentina

Agência Brasil
07/10/2018 às 13:55.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:51
 (Divulgação)

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Quando as portas da Embaixada do Brasil na Argentina abriram, às 8h deste domingo (7), já havia uma pequena fila do lado de fora, de brasileiros habilitados para votar. Mas o maior número de pessoas chegou por volta das 10h. A consul geral Claudia Buzzi disse que aumentou a quantidade de eleitores brasileiros em Buenos Aires, de 5.100 em 2014 para 6.210 este ano, mas que estavam preparados para acolher os que chegarem na última hora.

“A votação termina às 17h, como no Brasil. Vamos deixar entrar quem continuar na fila, do lado de fora, naquele momento. E só encerraremos quando quem estiver dentro já tiver votado”, disse, em entrevista à Agência Brasil. Do lado de fora, canais de televisão locais entrevistavam eleitores. A imprensa local tem acompanhado com atenção as eleições no Brasil - maior sócio comercial da Argentina.

Angela Solange Carlos da Silva, do Rio Grande do Norte, vive na Argentina há 20 anos e disse ter esperança no futuro. “Acho que os brasileiros aqui estão mais animados para votar. Meus parentes, no Brasil, dizem que estão desiludidos e estão indo [votar] por obrigação. Mas aqui na fila vi muita gente decidida a participar, o que é bom para a democracia”, disse.

Vinicius Guevara dos Santos, brasileiro filho de argentino, divide o tempo entre os dois países. Em 2014 ele votou em Buenos Aires. “Agora vejo mais gente votando aqui, o que é positivo”, disse. “Por outro lado, noto o Brasil muito polarizado. O ódio me preocupa”.

Angela Maria da Silva vive há 25 anos na Argentina e diz que, pela primeira vez desde que saiu do Brasil, não pensa em voltar. “Nunca vi tanta confrontação e tantas pessoas votando por ódio ao outro e não por convicção. Não se trata de ser a favor ou contra um candidato ou um partido, acho que o mais importante agora é garantir a paz e a democracia”, disse.

Muitos turistas também passaram pela embaixada, achando que podiam votar. Mas na porta receberam a explicação de que somente quem transferiu o título eleitoral do Brasil para o país de residência pode votar no exterior. E mesmo assim, só para presidente.

Dois observadores internacionais acompanharam a votação: Betina Lippenholtz, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e Carlos Vizcay, do Instituto da Democracia e Eleições (Idemoe). “Está tudo transcorrendo em ordem e rapidamente, com bastante participação, pelo que vejo”, disse Vizcay, no final da manhã.

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