Apesar de ter vindo à capital mineira para trabalhar com futebol, na Copa das Confederações, não são os estádios que mais impressionam a fotógrafa e jornalista canadense Judy Rauliuk, 64 anos. É a arquitetura de Belo Horizonte o que mais chamou a atenção dela. “Aluguei um apartamento na Savassi e adorei os prédios. São coloridos e alguns deles pequenas obras de arte. Adorei a Praça da Liberdade, aquele edifício com curvas (projetado por Oscar Niemeyer)”, afirmou a fotógrafa.
Além da arquitetura, ela também gostou das ruas, às quais classificou como muito largas. “Sei que vocês têm problemas de trânsito e transporte, mas ao mesmo tempo vocês têm ruas largas”, ponderou.
Apesar de não ter tido muito tempo para conhecer outros lugares que não os estádio de futebol, ela conseguiu ir ao Museu Inhotim, à Igreja da Pampulha e a Ouro Preto. “É magnífico. Pena que só ficamos lá por 3h (no Inhotim). Poderia ter ficado o dia inteiro”, garantiu.
Judy está se sentindo em casa em Belo Horizonte. Na última quarta-feira, foi a um bar e experimentou carne de sol com mandioca na manteiga de garrafa, prato classificado por ela como fantástico.
Apesar disso, ela não pretende voltar para trabalhar na Copa do Mundo no ano que vem. O primeiro Mundial no qual fotografou foi em 1982, na Espanha. Depois disso, esteve nos torneios de 1986, 1990, 1994 e 1998. Naquele ano, quando o Mundial foi disputado na França, ela decidiu parar de ir aos torneios.
“Só fomos na Copa das Confederações da Alemanha, em 2005. É muita correria em um mês só. Por isso, não viremos novamente no ano que vem. Mas viemos neste ano porque queríamos muito conhecer o Brasil”, afirmou a canadense, referindo-se a seu companheiro de trabalho, o fotógrafo Les Jones, 65 anos.
Jones, inclusive, é um dos maiores especialistas em futebol no Canadá, onde o esporte não é muito popular. “Lá o hóquei é o esporte mais praticado, mas o futebol feminino está crescendo muito”, ressaltou.