
O Atlético concretizou a primeira vitória no Campeonato Brasileiro de 2017 na noite de quarta-feira (7), diante do Avaí. E foi sofrendo bons ataques do time catarinense. O baixo rendimento do Galo pode ser encontrado na falta de ritmo de jogo de alguns atletas. A equipe de Roger Machado terminou o duelo com sete reservas.
Para começar, o Galo tinha Cazares e Otero na Seleção Brasileira. Além disso, Leonardo Silva, Adilson e Marcos Rocha estão lesionados. Outros três titulares foram sacados no segundo tempo, desgastados. O zagueiro Gabriel, inclusive, saiu no intervalo para ser poupado. Algo que aconteceu com Felipe Santana antes de a bola rolar.
Na zaga, Rodrigão e Erazo fizeram a dupla para tentar controlar o 1 a 0. O primeiro, revelado na base, fez a estreia no time principal em uma competição oficial. É, hoje, a sexta opção da zaga para Roger Machado. O equatoriano, segundo reserva, foi titular pela 1ª vez no ano.
Na lateral, Alex Silva fez o segundo jogo como titular graças as lesões de Marcos Rocha e Carlos César combinadas. No meio de campo, Yago também agarra a chance deixada pela lesão de Adilson, sendo que já ganhou uma sombra na chegada de Roger Bernardo.
No ataque, Fred foi substituído por Rafael Moura, espécie de 12º jogador. Já a saída de Maicosuel promoverá mais oportunidades para Marlone, que ontem entrou no lugar de Robinho.
Roger Machado citou o fato do time estar recheado de novas caras para que a vitória tenha saído sem um bom futebol. Acredita, porém, na força do elenco e já deixou avisado que outros jogadores ganharão oportunidades. Isso porque já vislumbra perder atletas para o desgastante calendário do futebol brasileiro.
"Do ponto de vista fisiológico, quem fez o calendário do futebol brasileiro não passou da fisiologia I (disciplina do curso de Educação Física). É completamente anti-fisiológico a recuperação completa de um jogador quando há diferença de três, quatro dias para um jogo e outro. E quando há várias competições, mata-mata, eliminatórias, o grau de desgaste físico e emocional é muito grande. O ideal é de seis jogos por mês, para ter uma semana aberta para recuperar. O calendário do futebol talvez seja o mais extenso dos esportes coletivos. São 10 meses de competição"