Com dinheiro chinês e Balotelli, Nice é surpresa na França

Eduardo Rodrigues
Agência Folha
10/12/2016 às 14:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:01
 (Daniel Garcia)

(Daniel Garcia)

 Na França, o Nice vai dando indícios de que mais uma nova história improvável pode ser escrita. Na liderança do Campeonato Francês com 39 pontos, o clube que não conquista um título expressivo desde 1997, quando ganhou a Copa da França, deixou para trás os ricos Monaco (36) e PSG (35). A situação pode ficar ainda mais favorável neste domingo (11). O Nice encara os parisienses, às 17h45, e tem a possibilidade de se distanciar ainda mais do atual tetra campeão nacional.   despontou no Vitória de Guimarães, de Portugal. "Eu confesso que não conhecia muito [o Nice], porque não acompanhava tanto o Francês. A gente só vê os chamados grandes: Lyon, Monaco, PSG e Olympique de Marseille", completa. O ostracismo evidenciado pelo brasileiro escancara a fase complicada que a equipe viveu nos últimos anos. Detentor de quatro títulos do Campeonato Francês (1950/51, 1951/1952, 1955/56 e 1958/59), o time chegou a ser rebaixado para a terceira divisão em 2002 por não ter capital suficiente para jogar na elite francesa. A reviravolta começou exatamente no meio deste ano, quando o clube teve 80% de suas ações vendidas aos chineses Chien Lee e Alex Zheng, empresários do setor de hotelaria, turismo e imobiliário, e aos investidores norte-americanos Paul Conway e Elliot  Hayes. Os outros 20% ficaram com o presidente do clube Jean-Pierre Rivère. O investimento não diminuiu o abismo financeiro em relação aos grandes clubes do país. De acordo com o site "Transfermarkt", o elenco do Nice é avaliado em 90,2 milhões de euros (aproximadamente R$ 321 milhões), contra cerca de 420 milhões de euros  (equivalente a R$ 1,5 bilhão) do PSG. Já o grupo de jogadores do Monaco é cotado em R$ 637 milhões. O maior reforços do clube para a temporada foi o italiano Mario Balottelli, que chegou a custo zero e em baixa após passagens frustrantes por Milan e Liverpool. "O Balotteli é uma pessoa que trata todo mundo bem, conversa com todo mundo igualmente, é alegre. Nos treinos sempre está bem concentrado, discutindo tática, bola parada. A única surpresa para nós foi a chegada dele (risos)", brincou Dalbert. O zagueiro Dante, 33, é outro brasileiro no time. Marcado pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha, ele tenta dar a volta por cima na França.

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