Com discurso de 'experiência', Ocimar Bolicenho é apresentado como diretor de futebol do Cruzeiro

Guilherme Piu
@guilhermepiu
Publicado em 06/01/2020 às 19:15.Atualizado em 27/10/2021 às 02:12.
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)

O presidente interino do Cruzeiro, José Dalai Rocha, apresentou na tarde desta segunda-feira (6) o novo diretor de futebol do clube. Caberá a Ocimar Bolicenho, ex-dirigente do Londrina, reconstruir um dos departamentos mais importantes da Raposa.

Bolicenho terá por pelo menos 60 dias a ajuda de Alexandre Mattos, que comandou o futebol celeste entre 2012 e 2014. Mattos vai trabalhar na Segunda Divisão do Campeonato Inglês, no Reading FC, e como precisa do visto de trabalho, ficará na Toca II por um período como colaborador voluntário.

Com trabalhos sem tanto destaque nos últimos anos, Bolicenho chegou ao Cruzeiro dizendo que o fator experiência pode fazer a diferença. 

“(O que credencia é a) experiência. A gente é sempre medido pelo resultado. Um só ganha, e os outros são ruins. O resultado é uma coisa muito fria. O que me incentivou a aceitar esse desafio foi minha experiência, ter passado por outras situações como essa como dirigente estatutário. O coro ensina”, disse referindo-se ao rebaixamento com o Londrina, que caiu para a Série C em 2019.

O novo diretor de futebol disse também que assumia no Cruzeiro "o maior desafio de sua carreira" e que em breve o clube celeste voltará para o lugar de onde não deveria ter saído. 

Sobre o teto salarial anteriormente detalhado por Vittorio Medioli, ex-CEO do Cruzeiro (R$ 150 mil), Bolicenho afirmou que houve uma readequação nesses planos.

“Houve uma flexibilização. Não é mais isso. Nosso teto de R$ 150 mil era uma diretriz, não é tão rígido assim. O certo é que a folha será um terço daquela que vinha sendo praticada”, comentou.

A fala de Ocimar Bolicenho contradiz o que anteriormente havia dito o presidente do Núcleo Dirigente Transitório. Saulo Fróes, antes da Missa em Ação de Graças pelos 99 anos do Cruzeiro, comentou que não haveria exceções nessa política salarial.

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Quem é Ocimar Bolicenho?

O último clube de Ocimar Bolicenho foi o Londrina, onde ele chegou em 2016 e saiu em 2019. No time paranaense, teve bons trabalhos em 2016 e 2017, quando viu a equipe terminar em sexto e quinto lugares, respectivamente, na Série B do Campeonato Brasileiro.

Em 2018 a campanha do Tubarão foi mediana, com o oitavo lugar na Segundona. E em 2019 o time acabou caindo para a Série C, na 17º colocação.

Bolicenho trabalhou no Tigres, no Bahia, na Ponte Preta, no Athletico-PR e no Joinville. Foi também analista de controle administrativo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, entre 1994 e 2011, e atuou como bancário.  

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