Com gol 'Piratinha', Cruzeiro usa vantagem para eliminar o Palmeiras e avança à final da Copa BR

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
26/09/2018 às 23:38.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:40
 (Vinnicius Siilva/Cruzeiro)

(Vinnicius Siilva/Cruzeiro)

O "Manobol" triunfou mais uma vez, e por esse estilo de jogo adotado pelo técnico Mano Menezes, o Cruzeiro chega à segunda final consecutiva de Copa do Brasil sob o comando do treinador. Na noite desta quarta-feira, a Raposa empatou em 1 a 1 com o Palmeiras e disputará sua oitava decisão do mata-mata para tentar o hexacampeonato.

Os gols do jogo foram marcados por Barcos, no primeiro tempo, e Felipe Melo, no segundo. O tento do atacante argentino foi dedicado ao filho Gael, que nasceu na última terça-feira, véspera da decisão. Garotinho pé quente, e que também esquentou os pés do pai, autor também do gol da vitória estrelada em São Paulo, no jogo de ida.

O Jogo

Um jogo muito "pegado" e com ambas as equipes marcando muito forte, sem deixar espaço para o adversário pensar o jogo. Cada espaço no gramado era disputado corpo a corpo, chuteira a chuteira. 

Com dois técnicos da "escola gaúcha" e que priorizam um sistema defensivo compacto, o jogo ficou "travado", e foi apenas no detalhe, em um momento de cochilo do sistema defensivo palmeirense que o Cruzeiro abriu o placar.

Aos 26 minutos, Barcos recebeu passe de Lucas Silva, entrou na área, driblou o goleiro Weverton e fez 1 a 0. Mais um gol do "Pirata", que também havia balançado a rede no 1 a 0 a favor da Raposa em São Paulo, no jogo de ida. 

O gol foi bastante comemorado, e não poderia ser diferente. Na véspera do jogo nasceu o pequeno Gael, filho do centroavante, que aproveitou para dedicar o tento ao garotinho. Barcos dedicou o gol marcado ao filho recém-nascido Gael. 

"Muita felicidade, foi um dia cansativo, mas eu vi minha mulher fazendo tanta coisa, trabalhando, que me deu muita força. É tanta felicidade que eu nunca imaginei. O gol foi para ele (filho) e para torcida", disse à TV Globo

O time celeste saiu na frente, mas o duelo era muito equilibrado, o que ficou evidenciado pelos números do primeiro tempo. Foram duas finalizações para cada lado, com 45% de posse de bola para a Raposa e 55% para o Porco, que teve ligeira vantagem nesse quesito.

O Cruzeiro conseguiu no primeiro tempo encurralar o Palmeiras usando uma estratégia muito usual do técnico Mano Menezes: dar campo para o adversário e ser cirúrgico nos contra-ataques. Dessa forma o time celeste chegou ao gol, que fez os paulistas mostrarem certo descontrole emocional, o que impediu a equipe de ser mais agressiva ofensivamente.

A história mudaria um pouco no segundo tempo, quando o Palmeiras chegou ao gol bem no começo da etapa final. Aos 4 minutos o volante Felipe Melo conseguiu uma façanha, já que ganhou no alto do zagueiro Dedé para balançar a rede de Fábio, após cobrança de escanteio de Dudu: 1 a 1. 

O duelo ganhou outro panorama no segundo tempo. As duas equipes que se estudavam demais na primeira etapa já não se fechavam tanto. Isso por que o Palmeiras precisou ir mais ao ataque, deixando mais espaços livres para as ações celestes.

Com a partida desse jeito até as arquibancadas se inflamaram mais, mesmo com o clima  de tensão e apreensão, já que um gol palmeirense levava a disputa da vaga à final da Copa do Brasil para os pênaltis. 
Mas a vantagem que o Cruzeiro fez na partida de ida prevaleceu e o time estrelado chega à final da Copa do Brasil pela oitava vez, para tentar  o seu sexto título. 

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