Com interino, São Paulo vence no Morumbi e rebaixa a Portuguesa

Estadão Conteúdo
09/04/2015 às 07:03.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:33

Ganhar da decadente Portuguesa foi tão fácil que o combalido São Paulo, comandado por um técnico interino, não pode se considerar recuperado da crise causada pela saída de Muricy Ramalho. O triunfo por 3 a 0 na noite desta quarta-feira (8), no Morumbi, foi mais resultado da fraqueza da Portuguesa, que com a derrota está rebaixada no Campeonato Paulista.

A vitória tricolor serviu para o São Paulo passar o Palmeiras na classificação geral e adquirir a vantagem de mandar no Morumbi a partida das quartas de final, contra o Red Bull Brasil.

O resultado decretou a quarta queda da Portuguesa nas últimas quatro temporadas. A lista inclui dois rebaixamentos no Campeonato Brasileiro e outro no Paulistão de 2012.

A partida reuniu dois técnicos interinos em um clássico melancólico para a história dos clubes. O São Paulo buscava se reerguer, enquanto a Portuguesa parece cair em um poço sem fundo. O nome de Muricy Ramalho foi gritado pelos torcedores e aumentou a atmosfera de nostalgia de uma noite nada gloriosa para as equipes.

A facilidade da vitória e a tamanha desigualdade entre os times não permitem a qualquer torcedor são-paulino ficar mais otimista. O abismo técnico e de organização entre os adversários atrapalhava compreender como as duas equipes disputam a mesma competição.

O São Paulo, de time misto e com sete modificações, se posicionou avançado, com os zagueiros na linha de meio-campo, os laterais como alas e os volantes posicionados como meias. Mesmo em crise e de técnico interino, a equipe jogou em ritmo de treino e até com certa displicência depois de abrir vantagem bem cedo.

Aos 9 e aos 11 minutos da partida saíram os gols e tudo já estava definido. Dória concluiu um cruzamento na segunda trave quase sem ser incomodado e Pato chutou livre da marca do pênalti para marcar o segundo.

A vantagem e a facilidade de chegar ao gol acomodaram o São Paulo, que tentou jogar de forma muito individual, embora sempre tivesse em cada lance um jogador livre para tabelar. Antes do intervalo o time ainda teve chances de ampliar. O ritmo de treino se manteve por todo o jogo porque o São Paulo estava confortável e a fraca Portuguesa nada podia fazer.

O time do Canindé precisava vencer e torcer por uma combinação de resultados para não cair, mas emperrava na própria limitação. Não tinha entrosamento, errava passes e se atrapalhava até em jogadas ensaiadas de falta.

O preciosismo do time tricolor ficou evidente no pênalti perdido por Jonathan Cafu, já no segundo tempo. O atacante bateu mal e o goleiro defendeu, mas a tamanha bagunça da Portuguesa propiciou que Hudson completasse para o gol de peixinho.

O panorama tranquilo de jogo só não deve ter agradado ao goleiro do São Paulo. Renan Ribeiro esperou quase dois anos para estrear pelo clube e fez a primeira defesa somente aos 43 minutos do segundo tempo.

De bom exemplo que o tricolor pode levar para o mata-mata é a movimentação do meio-campo. Hudson e Thiago Mendes mostraram eficiência na criação de jogadas e chegaram na área para finalizar.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 3 x 0 PORTUGUESA

SÃO PAULO - Renan Ribeiro; Bruno , Paulo Miranda, Dória e Carlinhos; Rodrigo Caio, Hudson e Thiago Mendes; Jonathan Cafu (Auro), Centurión (Lucão) e Alexandre Pato. Técnico: Milton Cruz (interino).

PORTUGUESA - Rafael Santos; Filipi (Cascardo), Guilherme, Valdomiro e Luan Peres (Alex Lima); Ferdinando, Betinho, Caique e Léo Costa; Edno e Matheus Santos (Jean Mota). Técnico: José Augusto.

GOLS - Dória, aos 9, e Alexandre Pato, aos 11 minutos do primeiro tempo. Hudson, aos 12 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Alex Lima e Bruno.

CARTÃO VERMELHO - Edno.

ÁRBITRO - Alessandro Darcie.

RENDA - R$ 141.155,00.

PÚBLICO - 5.240 pagantes.

LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
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